Entenda os riscos do cigarro eletrônico, que levou Lucas Viana ao hospital

Uso do vape pode levar substâncias cancerígenas para a bexiga e desencadear bronquite asmática

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jun 2022, 15h00 - Publicado em 29 jun 2022, 14h55
Lucas Viana, vencedor de A Fazenda 11.
Lucas Viana, vencedor de A Fazenda 11 (Reprodução/Instagram)
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O vencedor de A Fazenda 11, Lucas Viana, revelou em suas redes sociais que precisou de atendimento médico após sentir falta de ar causada pelo uso de cigarro eletrônico. O vape, como é conhecido popularmente, tem venda proibida no Brasil, mas faz sucesso entre jovens. Seu uso, porém, pode causar diversos problemas de saúde, de acordo com especialistas.

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Lucas Viana alertou seus seguidores sobre o que passou. “Acabei de sair do hospital. Estava em uma festa e, de repente, me faltou ar de um jeito surreal. Parecia que estava entupido na saliva, não sei explicar. Fui socorrido pela ambulância e já me deram um aparelhinho de oxigênio. Hoje aconteceu comigo, amanhã, se você fuma, pode acontecer com você”, falou.

Estudos mostram que o cigarro eletrônico gera partículas ultrafinas que conseguem ultrapassar a barreira dos alvéolos pulmonares e chegam até a corrente sanguínea, o que pode gerar inflamações no corpo. Além disso, pode gerar problemas no coração e desencadear bronquite asmática.

Aristóteles Alencar, representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e coordenador do Programa Estadual de Controle do Tabagismo do Amazonas, destaca que o cigarro eletrônico já mostrou que “não é um veículo seguro de liberação de nicotina”, porque houve aumento de problemas de saúde nas pessoas que o utilizam com frequência.

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“Por exemplo, o acidente vascular encefálico começou a baixar de idade, ficou comum em pessoas mais jovens que usam o cigarro eletrônico. Problemas respiratórios mais graves, problemas de infarto”, afirma.

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O médico explica que o uso do vape ainda é muito recente para avaliar se ele causa câncer, mas já há indícios de que, quando ocorre a queima da nicotina líquida presente nestes dispositivos, o vapor liberado gera substâncias cancerígenas. “Como tem pouco tempo, não temos evidência do câncer causado pelo cigarro eletrônico, mas há substâncias cancerígenas”, destaca.

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O médico ainda lembra que já existem casos de óbitos e internações por conta do uso do cigarro eletrônico. Nos Estados Unidos, onde o uso é mais difundido, já houve registro de ao menos 59 mortes e 2.602 casos de hospitalização por conta de danos no pulmão causados pelo uso do equipamento, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano.

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“Causa muita dependência. Estão usando a mesma estratégia usada com o cigarro comum. Descobriram que o cigarro comum causa câncer e infarto, o pessoal abandonou. Agora com o cigarro eletrônico, dizem que é redução de danos, mas é uma propaganda enganosa, novamente. O cigarro eletrônico é cigarro”, opina.

O vape se popularizou como uma alternativa de redução de danos, um produto com menos substâncias prejudiciais para quem já era usuário do cigarro comum e não conseguia se livrar do vício. Entretanto, ele se popularizou e hoje faz sucesso principalmente entre adolescentes e jovens adultos – que não fumavam antes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização desses equipamentos desde 2009.

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