Doria descarta adotar medidas restritivas para conter explosão da Ômicron
Governador afirmou que projeções indicam queda na quantidade de casos até início do mês de abril
O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (27) que o governo do estado de São Paulo descarta adotar qualquer tipo de restrição aos setores da economia para conter a explosão de casos de Covid-19, impulsionados sobretudo pelo avanço da variante Ômicron.
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“Eu quero deixar bem claro a todos que estão nos acompanhando: não há nenhuma perspectiva de medidas restritivas ao comércio, ao setor de serviços, a indústria ou a qualquer outro setor da economia no Estado de São Paulo”, disse.
A afirmação foi feita em Bauru, cidade do interior do estado, local onde Doria e integrantes de seu governo estiveram para anunciar uma série de medidas, que incluíram a abertura chamamento público para contratação de OSS (Organização Social de Saúde) que fará a gestão do Hospital das Clínicas da cidade, além de um pacote de quase R$ 50 milhões em obras de infraestrutura na região e em escolas.
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As medidas de restrição de horário ao funcionamento de atividades econômicas foi uma medida adotada para tentar conter o avanço da pandemia a partir de março de 2021, durante a fase que se mostrava mais crítica até então. Entre outras coisas elas incluíram a obrigatoriedade do teletrabalho para alguns setores, classificava o que era serviço prioritário que poderia manter as portas abertas –tais como postos de combustíveis e farmácias– e restringia o horário de funcionamento dos demais.
Doria afirmou que essas medidas não voltarão a ser adotadas nem no futuro próximo, já que o assunto está fora de cogitação nos debates do comitê científico chefiado pelo médico Paulo Menezes. Segundo Doria, o mais importante agora é que as pessoas continuam se vacinando e que completem o esquema vacinal, tomem a dose de reforço e levem as crianças para serem imunizadas.
“A população, tomando esses cuidados, esse zelo, ela se protege e evita evidentemente não só o seu contágio como também de outras pessoas”, disse.
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Ainda segundo Doria, não há perspectiva de restrições no futuro pelo fato de cientistas indicarem que o alto contágio registrado atualmente deve arrefecer até o início de abril, o que deve forçar a queda da necessidade de novas internações.
Dados apresentados pelo governo estadual um dia antes, na quarta-feira (26), indicam que a forte expansão dos casos de Covid devido a variante Ômicron levou a alta de 152% no número de internações nas últimas três semanas.
A situação levou a alta na taxa de ocupação dos leitos disponíveis em hospitais estaduais. Para contornar a situação, foi anunciado a abertura de 700 novos leitos, sendo 266 novos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 434 leitos de enfermaria.