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Cartórios da capital batem recorde de registro de mortes em janeiro

Alta no geral foi de 7,28%; comportamento foi registrado por explosão de mortes por pneumonia

Por Clayton Freitas
14 fev 2022, 12h33
Leitos de UTI com equipamentos respiratórios
Leitos de UTI com equipamentos respiratórios (Agência Saúde/Divulgação)
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A quantidade de mortes registradas em cartórios na cidade de São Paulo em janeiro deste ano chegou a 9 925, apresentando uma alta de 7,28% no comparativo com janeiro de 2021, com 9 251 anotações. Trata-se do maior número de óbitos registrados num mês de janeiro num intervalo de 20 anos.

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Os dados foram tabulados pela Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo) e disponíveis no portal da Transparência Brasil (mantido pelo Arpen nacional).

O levantamento foi feito com base nos 836 cartórios de registro civil existentes no estado, sendo 48 deles na capital. Esses cartórios são os responsáveis por fazer a a notação quando alguém morre, além de registros de nascimento e casamento.

Segundo análise dos dados, foi o janeiro em que mais pessoas morreram por pneumonia. Quase um quinto (19%) das pessoas que morreram no mês passado na cidade de São Paulo foram vítimas dessa doença (1 956 pessoas). Se comparado com o comportamento de janeiro de 2021, a alta foi de 80,77% (1 082).

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Janeiro de 2022 foi o mês que tanto a cidade de São Paulo quanto várias outras cidades do estado passaram pela fase mais crítica da gripe, com explosão de casos de H3N2.

Desde o ano de 2019, o Arpen faz a tabulação determinando a causa da morte a partir do que foi informado no registro de óbito. Se for analisado apenas o número geral, tabulado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde 2003, percebe-se que o janeiro de 2022 foi o mais letal na história da cidade de São Paulo.

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Segundo os dados dos registros analisados pela Arpen, também houve aumento na quantidade de pessoas vítimas de infarto tanto na capital (703 neste janeiro ante 559 em 2021, numa alta de 25,7%).

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Outras altas estiveram relacionada a septicemia (uma resposta desregulada do organismo ante a uma infecção), que passou de 1 070 em janeiro 2021 para 1 124 no mesmo mês de 2022 (5%); SRAG (síndrome respiratória aguda grave), de 52 para 70 (alta de 34,6%); e mortes em geral, que passaram de 2 695 para 3 138 (alta de 16,43%).

Por outro lado, houve queda de 38% na quantidade de mortes por Covid-19. Em janeiro deste ano foram registrados 1 367 óbitos pela doença, 38% a menos do que as 2 237 em igual período de 2021.

Estado

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O comportamento observado na cidade de São Paulo também se repetiu no estado, com algumas nuances, tais como a quantidade de mortes (todos os motivos), que , no estado, teve alta ainda maior do que na capital, de 11,32% (de 33 039 para 36 780)

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Em relação a pneumonia, 18% de todos os registros de óbito nos cartórios de registro civil paulistas foram por essa doença (6 736 de 36 780). Se comparado com janeiro do ano passado, houve uma forte alta, de 82,4%.

As pessoas que tiveram a vida ceifada por infartos também aumentou, (indo de 2 171 em janeiro de 2021 para 2 958 no mês passado, numa alta de 26,6%).

Assim como na capital, os registros por Covid-19 foram em menor número neste janeiro do que no ano passado (de 8 052 caíram para 5 123, – 28%).

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