Capital pretende liberar uso de máscara com 90% das crianças vacinadas
Atualmente 82,1% da população entre 5 e 11 anos receberam a primeira dose na cidade de São Paulo; imunização do grupo está lenta
Os paulistanos devem se livrar de vez da obrigatoriedade do uso de máscaras apenas quando 90% das crianças de 5 a 11 anos de idade estiverem vacinadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
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A afirmação é do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “A Vigilância Sanitária Municipal tende a liberar quando tivermos 90% das crianças vacinadas”, disse, durante uma visita a obras no córrego Guaicuri, em Cidade Ademar (zona sul da capital), nesta segunda-feira (15).
Desde a última quarta-feira (9), os paulistanos não precisam mais usar máscaras em locais abertos sem pessoas aglomeradas. A medida foi anunciada pelo governador João Doria (PSDB), que, dois dias depois, afirmou que a liberação também em ambientes fechados poderia ocorrer até o dia 22 deste mês.
Apesar de Nunes ter estipulado a meta de 90% de vacinação de crianças para desobrigar as pessoas a usarem o equipamento de proteção, a tendência é a de que o governo municipal siga a diretriz estabelecida por Doria, mesmo se ela vier antes da meta estabelecida pelo prefeito.
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Os números indicam que isso é bem factível, já que a vacinação infantil anda a passos de tartaruga na cidade de São Paulo. Desde que a imunização desse grupo teve início, 889.732 crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose, num total de 82,1% conforme dados de terça-feira (15). Ou seja, para atingir a meta de 90% dessa faixa etária imunizada, seriam necessárias vacinar mais 85.569 crianças, já que o público-alvo é de 1.083 milhão.
Boletins de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde apontam que apenas 20.924 crianças foram imunizadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 entre os dias 8 e 15 deste mês. Ou seja, se a média se manter, seria necessário ao menos um mês para chegar a marca de 90% das crianças vacinadas, e de dois meses para atingir os 100%.