3 perguntas para… João Miguel
Ator baiano volta às telas como um caminhoneiro em “À Beira do Caminho”
João Miguel é muito requisitado no cinema. Protagonista de “Estômago”, “Se Nada Mais Der Certo”, “Cinema, Aspirinas e Urubus” e do recente “Xingu”, o ator baiano radicado no Rio de Janeiro volta às telas como um caminhoneiro em “À Beira do Caminho”, road movie dirigido por Breno Silveira, já em cartaz na cidade.
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VEJA SÃO PAULO — Nessa fita rodada na estrada, que surpresas você encontrou?
JOÃO MIGUEL — Não é fácil fazer filmes, eles demandam locações complicadas e “À Beira do Caminho” pedia um deslocamento literal. Saímos da região de Petrolina, em Pernambuco, e seguimos até a Chapada Diamantina, na Bahia. Ficar quatro semanas na estrada e percorrer mais de 500 quilômetros proporcionou para mim uma grande amizade com o ator Vinicius Nascimento, de 14 anos. Eu o conheci menorzinho, numa rápida participação no seriado “Ó, Paí, Ó”, da Rede Globo. Foram testadas várias crianças para o papel, mas tive contato apenas com os cinco finalistas. Felizmente, prevaleceu a intuição do diretor Breno Silveira e acredito que todos se impressionaram com o talento do menino.
VEJA SÃO PAULO — Qual é a sua relação com as músicas de Roberto Carlos presentes na trilha sonora do filme?
JOÃO MIGUEL — Assim como o Duda, personagem do Vinicius, eu gostava de cantar “Amigo” quando criança. O Roberto soube traduzir a dor do amor em diversas oportunidades. Eu sempre ouvi suas músicas. Coloquei várias no meu iPod, sobretudo as antigas e algumas pouco conhecidas. Assim como o filme, o cancioneiro do Roberto aborda temas com os quais nos identificamos.
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VEJA SÃO PAULO — Por que você pouco faz televisão?
JOÃO MIGUEL — Tudo vem da intuição. No cinema, gosto de entrar em aventuras. Tenho a oportunidade de conhecer o Brasil e perceber que somos vários países num só. Eu me considero um ator popular, mas minhas escolhas não o são. No ano passado, atuei na novela “Cordel Encantado” e recebi respostas do público no dia a dia. Não tenho contrato com a TV, mas há sempre uma paquera entre nós. Talvez “À Beira do Caminho” seja uma porta para atingir mais gente.