Continua após publicidade

“Equus” trata de sexo e psicologia com suspense

Drama em cartaz no Teatro Folha é dirigido por Alexandre Reinecke

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h15 - Publicado em 14 abr 2012, 00h50

Nas últimas temporadas, o diretor Alexandre Reinecke firmou-se como um autêntico encenador de comédias. Mesmo sem repetir o êxito de “Toc Toc” (2008), que continua em cartaz no Teatro Gazeta, ele se manteve na ativa em sucessivas montagens, algumas irregulares. Logo, a incursão em um drama tão pesado como “Equus”, no Teatro Folha, mostrava-se desafiadora, sem garantia de sucesso. Era de um atrevimento desses que Reinecke precisava para abandonar a zona de conforto das gargalhadas. Desde “Oração para um Pé de Chinelo” (2005), peça de Plínio Marcos, ele não se saía bem numa história densa.

+ Confira as melhores peças em cartaz

+ Antonio Fagundes e Bruno Fagundes protagonizam “Vermelho”

Montado pela primeira vez no Brasil em 1976, com Paulo Autran, o texto do inglês Peter Shaffer oferece múltiplas ferramentas. Econômico e preciso, o ator Elias Andreato dá vida a um psiquiatra que investiga os motivos capazes de levar um jovem (o convincente Leonardo Miggiorin), obcecado por cavalos, a cometer um ato bárbaro. Para o médico, desvendar a mente do rapaz pode ser a forma também de entender a própria identidade.

Continua após a publicidade

+ Leonardo Miggiorin: “Não vou vender ingresso por conta do corpo”

O engenhoso cenário de André Cortez reproduz um misto de celas e cocheiras por onde transitam ainda os pais antagônicos (Jorge Emil e Patricia Gasppar), uma namorada (Bruna Thedy) e o imaginário do garoto. Aos poucos, as pistas para justificar o misterioso crime são oferecidas. Reinecke ampliou o suspense sem diluir a profundidade psicológica nem a discussão sexual. Tanto as cenas de nudez de Miggiorin e de Bruna como as que transformam atores em cavalos apresentam rara sutileza. Em meio ao embate principal sobra pouco para o resto do elenco, completado por Mara Carvalho, Léo Steinbruch, Gustavo Malheiros e Fernanda Cunha. Mas nada é desperdício. O espectador sai com a sensação de que todos os recursos utilizados no palco foram realmente necessários.

AVALIAÇÃO ✪✪✪

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.