O sucesso do sósia de Neymar
Estudante Gabriel Lucas dá autógrafos, concede entrevistas e agora vai participar de um comercial da Nike
Toda vez que o craque Neymar sai de campo sem falar com a imprensa, quem brilha é ele, Gabriel Lucas Machado da Silva, 16 anos, há dois sósia profissional da estrela do Santos. “Sempre que os repórteres ficam sem assunto, vêm falar comigo”, diz o garoto, que coleciona aparições em blogs, sites e programas de televisão. Já se sentou no sofá da Hebe na RedeTV!, foi recebido por Claudete Troiano na TV Gazeta e virou assunto do Globo Esporte, na Rede Globo. Para fazer bonito diante das câmeras, em casa, no bairro de Cangaíba, na Zona Leste, ele passa algumas boas horas por semana em frente ao espelho. Capricha no topete, treina caras e bocas e fica repetindo o principal: o sorriso amarelo com olhos franzidos que se tornou a marca do jogador.
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Até setembro de 2010, seu sonho era encontrar pessoalmente o original. Não por tietagem, mas porque tinha uma pergunta essencial para lhe fazer. “Precisava saber o que ele passava no cabelo”, afirma. Ficaram cara a cara durante um treino do Santos, quando o próprio Neymar se espantou ao ver seu clone do lado de fora do campo. “Ele brincou dizendo que iria perguntar ao pai dele se tinha aprontado fora de casa”, lembra Gabriel. Quanto ao cabelo, a resposta do camisa 11 foi lacônica. “Passo pomada”, limitou-se a dizer.
Gabriel tentou fazer carreira nos campos, mas acabou reprovado num teste na Portuguesa. Ele descobriu seu potencial de imitador em 2009. “Fui à Rua José Paulino com a minha mãe e as garotas começaram a gritar e a pedir autógrafo”, conta. Semanas depois, entrou para uma agência especializada em sósias e conheceu um de seus melhores amigos, Pedro Oliveira, cover do meia Paulo Henrique Ganso, companheiro de equipe de Neymar.
Hoje, Gabriel cobra cachês em torno de 1.000 reais e recebe convites até para participar de comerciais — o mais recente deles, da Nike, deve ir ao ar ainda neste mês. Entre seus planos, está uma nova tentativa de emplacar como jogador. “Se não rolar, não sei ainda o que quero fazer”, diz. A carreira como sósia, acredita ele, não vai ser muito longa, até pela competição: já há na praça pelo menos outros cinco “Neymares”.