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São Paulo reúne centenas de pontos de descarte irregular de lixo

Das águas da cidade já saíram fogões, geladeiras, aparelhos de televisão, veículos, animais mortos e quinquilharias diversas

Por Mariana Barros e Manuela Nogueira
Atualizado em 5 dez 2016, 17h40 - Publicado em 27 out 2011, 15h05

Para retirar 180000 metros cúbicos de entulho dos córregos de São Paulo em 2010, a prefeitura utilizou 30000 caminhões. Já o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) tirou do Tietê 1 milhão de metros cúbicos de sujeira que faziam companhia ao sofá da imagem acima, fotografado boiando no rio no início deste mês. Das águas da cidade já saíram fogões, geladeiras, aparelhos de televisão, veículos, animais mortos… Essa é uma das causas de transbordamentos como o da madrugada da última terça-feira. Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, existem centenas de pontos de descarte irregular de lixo e entulho espalhados pela capital. Para combater o problema, em julho, o prefeito Gilberto Kassab sancionou uma lei que elevou de 500 para 12000 reais a multa para quem é flagrado jogando mais do que 50 quilos de lixo em áreas públicas. Desde a aprovação da lei, 46 pessoas foram multadas.

Outra medida tomada pela prefeitura foi aumentar o número de ecopontos, locais de entrega voluntária e gratuita de entulho, móveis, poda de árvores e resíduos recicláveis. Há na cidade 41 desses endereços. Oito foram inaugurados no ano passado. Com isso, a administração municipal tem recolhido uma quantidade maior desse material. De janeiro a outubro, os ecopontos receberam 91000 metros cúbicos de entulho — em comparação, durante todo o ano de 2009 foram 83000 metros cúbicos. Moradores e carroceiros, no entanto, continuam desrespeitando o horário de funcionamento desses lugares. Depois que os portões são trancados, às 17 horas, muitas pessoas despejam seu entulho do lado de fora das grades, sobre as calçadas. Outro local que acumula esse tipo de lixo são as caçambas — existem 5000 delas espalhadas por São Paulo. Originalmente destinadas ao material proveniente de construções, elas têm se transformado em megalixeiras e reúnem de colchões a garrafas de vidro, passando por equipamentos de ginástica e toda sorte de quinquilharias. Em 2010, 1469 proprietários de caçambas foram multados e 1194 desses equipamentos tiveram de ser apreendidos por não estarem cadastrados na Limpurb ou por permanecerem em lugar proibido.

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