Pedro Lourenço
Dono de uma herança genética fashion, o estilista, garoto-prodígio da moda nacional, lança coleção em Paris e conquista a crítica
A carreira de Pedro Lourenço tem sido costurada pela união entre a precocidade e o talento. Aos 12 anos, rendeu pano para mangas ao se tornar o estilista mais jovem a apresentar coleção na São Paulo Fashion Week. Na época, o filho único das estrelas do ramo Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço assumia a direção criativa da segunda grife da mãe, a Carlota Joakina.
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Em março deste ano — com 19 anos de idade e experiência de gente grande —, ele conquistou independência ao desfilar sua coleção em Paris. Foi aplaudido de pé. Editoras de importantes jornais e revistas do setor sentaram-se na primeira fila. Entre elas, a temida Anna Wintour, da Vogue América. “Fiquei contente com a receptividade que tive”, diz Pedro, cujo estilo é definido como clássico com pegada moderna. “ Sou influenciado pela era digital.”
Sua vida mudou após integrar a semana de moda francesa. Hoje, emprega vinte funcionários e as criações que desenha estão à venda nas araras de oito lojas internacionais, em países como Itália, Inglaterra e Alemanha.
Ao contrário de muitos estilistas, o autodidata Pedro é obcecado por organização. Verifica o acabamento de todas as peças e cuida das encomendas de cada butique. Além da habilidade para o corte e costura, ele herdou da família o apreço pelo misticismo. Canceriano, consulta-se com uma astróloga antes de tomar decisões importantes, como a data de um desfile. “Sou determinado”, afirma. “Cada passo da minha carreira tem sido bem pensado.”