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Marcos Proença: cabeleireiro das celebridades

O profissional do interior paulista é conhecido por cuidar de estrelas como Daniella Cicarelli, Deborah Secco e Wanessa Camargo

Por Giovana Romani
Atualizado em 1 jun 2017, 18h44 - Publicado em 21 jun 2010, 20h32

Falta pouco para o meio-dia. Usando pulseira Hermès, cinto Louis Vuitton e pingente de olho grego cravejado de brilhantes, o cabeleireiro Marcos Proença, de 34 anos, circula pelo salão que leva seu nome, no Jardim Paulistano. Não consegue dar muitos passos sem ser interpelado por alguma cliente. “Oi, Prô!”, elas costumam dizer, antes de discorrer sobre suas intenções ao visitá-lo naquele dia. Atencioso, ele tenta disfarçar a correria. Auxiliado por um de seus doze assistentes, Proença faz dois cortes em menos de dez minutos. Cobra 280 reais pelo serviço. Nada que abale a fé das mulheres no novo bambambã do pedaço. Entre elas, as atrizes globais Deborah Secco, Flávia Alessandra e Gabriela Duarte. A cantora Wanessa (ex-Camargo), por exemplo, confiou a Proença a mudança radical em seu visual — ganhou fios loiros platinados “para ficar mais rock’n’roll”. Há espaço na agenda também para a turma da alta sociedade? Sim, há. E a lista é grande: Ana Paula Junqueira e Natalie Klein, empresárias, Marcella e Luciana Tranchesi, herdeiras da Daslu, Luiza Setúbal, da terceira geração dos fundadores do Banco Itaú…

Ex-funcionário de Wanderley Nunes, do Studio W, Proença conquistou seu lugarzinho no concorrido universo das tesouras estreladas. “Sou saturno na casa 1”, afirma, referindo-se à constatação de uma astróloga. “Meu nome é trabalho.” A julgar pela idade com que começou — 14 anos —, a máxima parece fazer sentido. Filho de um comerciante e de uma dona de casa, Proença nasceu em Sorocaba e foi criado em Votorantim, no interior paulista. Passou a se interessar por escovas e pincéis ainda menino, quando assistiu a uma das reprises da novela ‘Locomotivas’, cuja trama central se desenrolava em um salão de beleza. Fez um curso profissionalizante oferecido pela prefeitura e, com o incentivo do pai, montou seu primeiro salão. “Tornei-me um dos profissionais mais requisitados de lá”, lembra. Há onze anos, porém, decidiu deixar a fama no interior para recomeçar do zero em São Paulo. Seu primeiro emprego por aqui foi em uma agência de cabeleireiros e maquiadores. Em 2000, ele entrou para a equipe de Wanderley Nunes, onde ficou por oito anos. “Trata-se de um dos maiores gênios da profissão”, elogia Proença. “Resolvi seguir por conta própria a pedido das minhas freguesas.”

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Ele garante ter saído do Studio W “super na boa”. Procurado pela reportagem, Nunes, o antigo patrão, foi categórico: “Não tenho nada a declarar. Nada, nada, nada, nada”. Proença inaugurou seu espaço atual, de 600 metros quadrados, em novembro passado. Com projeto arquitetônico assinado por Esther Giobbi, o salão tem conceito ecologicamente correto, com itens como iluminação de baixo consumo de energia, piso de madeira certificada e reutilização de água. Para montá-lo, contou com a ajuda de cinco sócios, e desconversa na hora de divulgar o investimento. “Ainda não tivemos tempo de calcular.” De sua última viagem a Paris, duas semanas atrás, trouxe para as mais íntimas duas sacolas cheias de presentes. A atriz Deborah Secco será uma das mimadas. “Ele não é só um cabeleireiro”, derrete-se Deborah, que desfila com os fios mais curtos inspirados na apresentadora inglesa Alexa Chung, ícone fashion do momento. “Sempre me traz referências de moda, comportamento, restaurantes…”

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Proença acaba de desenhar uma coleção para uma grife de biquínis. Vez ou outra, saca da cartola tiradas filosóficas como: “O cabelo é um passaporte para um indivíduo ser inserido num grupo social”. Frequenta academia, pratica ioga e gosta de sair para jantar nos Jardins, onde mora. Aos domingos, dedica-se a seu blog, em que posta truques de cabelo e maquiagem, além de fotos da clientela poderosa. “Com tanto glamour, fica fácil esquecer que somos eternamente funcionários”, acredita. “O cabeleireiro que se acha mais importante que o cliente está fadado ao fracasso.” A guerra das tesouras anda mais afiada do que nunca.

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