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Como harmonizar vinhos com cada tipo de panetone

Três sommeliers ensinam qual bebida vai melhor com cada versão da guloseima natalina

Por Sophia Braun
Atualizado em 20 jan 2022, 09h57 - Publicado em 13 dez 2011, 17h25

Há quem prefira o tradicional, outros não resistem ao de chocolate. Os mais criativos podem ainda incrementá-lo com manteiga, geleia, requeijão e até Nutella. Com tantos atrativos para o panetone, por que não saboreá-lo ao lado de uma boa taça de vinho?

Em vídeo: sommelier do Grupo Fasano dá dicas de vinhos para brindar no fim do ano 

Apesar de o bolo natalino ser muitas vezes considerado algo trivial, a harmonização é mais difícil do que parece. “Nem tinto, nem branco costumam cair bem”, diz Fabiano Aurélio, sommelier da importadora Grand Cru. Como o panetone é doce, o vinho deve necessariamente seguir esse mesmo teor. Ao contrário do que muitos possam pensar, a bebida não deve anular a doçura do quitute, mas concordar com ela. Por isso, é recomendável evitar rótulos mais secos. “No caso da receita básica, com frutas cristalizadas, o ideal é apostar em espumantes”, sugere o especialista. Diferentes versões de panetone podem combinar melhor com outras bebidas, a exemplo de vinho do Porto e de sobremesa.

Consultamos outros dois sommeliers que dão boas dicas de harmonização:

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■ Panetone com frutas cristalizadas: as sugestões foram unânimes: os italianos Asti e Moscato d’Asti são os mais indicados para acompanhar o panetone tradicional. “Ambos são adocicados, feitos com uva moscatel e têm baixo teor alcoólico. A diferença é que o segundo, por ter menos gás, não chega a ser espumante, mas frisante”, explica Aurélio. A sommelière Jô Barros, que já cuidou das adegas dos restaurantes Arola Vintetres e do Dui, recomenda também o moscatel brasileiro. “Os espumantes nacionais costumam ter ótima qualidade e preços muito competitivos.”

■ Chocotone: também unanimidade entre os especialistas consultados, o vinho do Porto é o que casa melhor com o chamado chocotone. “O do tipo ruby costuma ter um toque floral e pode harmonizar muito bem”, diz Jô Barros. Para quem preferir uma combinação menos doce e encorpada, Tiago Locatelli, do restaurante Varanda, propõe um porto dez anos. “Acima dessa classificação já é exagero. Seria muito vinho para pouca comida”, explica o especialista, que venceu como melhor sommelier no especial “Comer & Beber” em 2011.

■ Recheado de doce de leite: a receita é a mais complicada de harmonizar. Uma boa sugestão é apostar em vinhos de colheita tardia, mais conhecidos como vinhos de sobremesa. O francês Sauternes talvez seja um dos representantes mais famosos. Mas uma garrafa como essa pode pesar bastante no bolso. “Quanto maior a qualidade da bebida, maior será a concentração de açúcar (e de acidez também)”, explica Locatelli. “Para harmonizar esse tipo de panetone, prefira rótulos com doçura razoável e um bom custo-benefício.”

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