Tumulto na Vila Madalena tem pedradas e bombas de gás
Secretaria da Segurança Pública diz que policiais foram agredidos; duas pessoas foram encaminhadas ao 14º DP (Pinheiros)
A região da Vila Madalena foi palco de uma confusão entre policiais militares e jovens na madrugada deste sábado (30). Houve correria e o uso de bombas de gás lacrimogêneo entre as ruas Belmiro Braga, Horácio Lane e Inácio Pereira da Rocha.
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“A gente escutou barulho de bomba, e o dono e a dona do bar onde estávamos na rua Horácio Lane subiram na laje e pediram para a gente descer para evitar o efeito das bombas. Estava tudo bem. Não tinha fumaça”, contou o psicólogo Kauê Freitas, 26. Eles temiam as bombas de efeito moral.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, por volta das 3h policiais foram agredidos com pedras e garrafas. Um homem armado com um pedaço de madeira com pregos acertou um PM.
“Houve necessidade de utilizar o uso progressivo da força para evitar novas agressões e depredações”, informou em nota. Um dos agressores foi conduzido ao 14° DP, cujo boletim de ocorrência foi registrado por desacato, desobediência, resistência, dano qualificado e lesão corporal. Outra agressora ofendeu policiais e também foi conduzida à delegacia por desacato.
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CERCO NA VILA
A Prefeitura de São Paulo limitou a entrada de foliões em treze quarteirões da Vila Madalena, na Zona Oeste, antes, durante e depois do Carnaval. A medida tem como objetivo evitar que a região seja mais uma vez foco de problemas e confusões, como ocorreu no ano passado.
Os bloqueios começaram nesta sexta (29), a partir das 17h, e se estendem até a meia-noite. No sábado (30) e no domingo (31), o fechamento começa uma hora antes e também termina à meia-noite. Na semana seguinte, a do Carnaval, as interdições ocorrem de sexta (5) a terça (9). Nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro, o cerco também acontece.
Os quarteirões compreendidos entre as ruas Mourato Coelho, Inácio Pereira da Rocha, Wizard e Fidalga, entre outras (confira a ilustração abaixo), serão fechados com grades, como ocorreu durante a Copa do Mundo.
Nesse perímetro, não será permitida a entrada de garrafas de vidro, caixas de isopor – exceto de ambulantes credenciados – e veículos não cadastrados. A revista individual será feita pela Polícia Militar, que não deixará mais ninguém passar caso o limite de 15 000 pessoas seja atingido
(Com Estadão Conteúdo)