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São Paulo terá morador de rua como pesquisador

Um grupo de 15 recenseadores, que receberão um salário mínimo, foi selecionado pela Prefeitura para montar livro com relatos sobre outras pessoas em mesma situação

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h24 - Publicado em 6 jun 2015, 13h19
mendigo Alameda Itu
mendigo Alameda Itu (Fernando Moraes/)
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Moradores de rua de São Paulo serão pesquisadores por um ano e montarão um livro com relatos sobre outras pessoas em mesma situação. Um grupo de 15 recenseadores, que receberão um salário mínimo, foi selecionado pela Prefeitura para realizar pesquisas qualitativas em diversas regiões da cidade com moradores de rua, como a Cracolândia, na Alameda Dino Bueno. A capital tem 15.905 pessoas em situação de rua, segundo o último levantamento do Município.

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Uma reunião com o grupo foi realizada nesta semana na Secretaria de Direitos Humanos, com o chefe da pasta, Eduardo Suplicy, conforme publicou na sexta-feira, 5, o jornal Folha de S. Paulo. De acordo com ele, a equipe já está sendo capacitada por psicólogos e pesquisadores. Eles são alfabetizados e têm boa articulação. “São pessoas que há muito tempo convivem na rua e terão um acesso maior aos moradores. Muito mais tranquilo do que, por exemplo, um pesquisador ir lá”, disse Suplicy.

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O projeto deverá mapear os principais problemas enfrentados por essa população, para pensar em políticas públicas para o futuro. O trabalho final será entregue em formato de livro. “Vai dar mais informações para as Secretarias de Direitos Humanos e Assistência Social, do ponto de vista de como aprimorar a relação da Prefeitura com esses moradores”, afirmou Suplicy.

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A primeira pesquisa será feita com moradores de rua do Pátio do Colégio, na região central da capital, mas o objetivo é estender o levantamento em toda a cidade. “Queremos saber que tipo de formação essas pessoas têm, se pensam em estudar, se querem fazer um curso técnico”, afirmou o secretário.

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