Professores, alunos e funcionários da USP entram em greve
Paralisação ocorre em protesto à decisão de congelar o salário dos servidores da universidade
Professores, funcionários e estudantes da USP entraram em greve nesta terça-feira (27) por tempo indeterminado. A paralisação foi organizada em protesto à decisão do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) de adiar o reajuste nos salários dos servidores. A reposição salarial ocorre geralmente em maio. Unicamp e Unesp também foram afetadas com a decisão e aderiram à greve.
+ “Convivência não é caso de polícia”, diz nova chefe de segurança da USP
Na manhã de hoje, professores, funcionários e alunos da USP se reuniram na Faculdade de História e depois seguiram para a Assembleia Legislativa, onde participariam de uma audiência pública sobre o financiamento das universidades paulistas.
A Adusp (Associação dos Docentes da USP) diz que está agendada para amanhã uma nova reunião para decidir se a paralisação será mantida. Os profissionais requerem reajuste de 9,78% – 3% de defasagens acumuladas mais inflação dos últimos 12 meses.
De acordo com o conselho, os gastos com salários vêm comprometendo demasiadamente as receitas das três universidades. Na USP, 104,22% do orçamento é destinado para a folha de pagamento. Na Unicamp e na Unesp, os percentuais são de 96,52% e de 94,47%, respectivamente.