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Postos de vacinação amanhecem com filas em São Paulo

Campanha de imunuização contra H1N1 começou nesta segunda para idosos, gestantes e crianças

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 12 nov 2018, 18h15 - Publicado em 11 abr 2016, 10h04
Vacina h1n1
Vacina h1n1 (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress/)
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Em meio ao surto de H1N1, os postos de vacinação da capital paulista amanheceram tomados por filas antes mesmo de abrir as portas. Esta segunda (11) é o primeiro dia da vacinação pública contra a gripe em São Paulo para idosos, gestantes e crianças, considerados grupos de risco.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Humberto Pasqualli, em Campos Elísios, no centro, cerca de 20 pessoas já aguardavam o início da imunização antes das 6 horas – duas horas antes de a vacinação abrir. O primeiro da fila, o guia turístico Caio Damazio, de 27 anos, chegou às 4h20.

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“A gente está assustado com esse surto”, disse Damazio, que guardava lugar para uma sobrinha de 9 meses, que seria vacinada. “Tentei na semana passada em uma clínica particular. Cheguei 4h30, mas não consegui senha”, conta.

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Formada principalmente por idosos, a fila se multiplicou em menos de uma hora. Por volta das 7 horas, cerca de 120 pessoas tomavam a calçada da Rua Vitorino Camilo, em frente à UBS, e chegavam até a esquina com a Rua Albuquerque Lins.

“Tem de se cuidar porque o negócio é muito sério”, disse o aposentado Antônio Amâncio, de 68 anos, que chegou ao local às 5h20. “Um amigo meu ficou gripado na semana passada. Sentiu muita dor de cabeça e febre. Três dias depois, morreu.”

O surto também assusta a assistente jurídica Alessandra Oliveira de 39 anos, que levou a filha Anna Luiza, de 3, para vacinação. “Na escola dela, já tem alguns colegas com suspeita de gripe”, disse. O que Alessandra não contava era com a fila daquele tamanho. “Eu esperava menos gente, mas o importante é sair daqui protegido.”

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Já na Zona Norte, a fila na UBS Jardim Pery já se formava uma hora antes da abertura das portas, prevista para 7 horas. A assistente administrativa Bruna Colnaghi, de 23 anos, foi a primeira a chegar e desde 4h30 já marcava lugar para os avós, Elias, de 75, e a dona de casa Aliciene, de 70. A jovem aguardou em pé por duas horas, até que a avó subiu e liberou a neta para que fosse ao trabalho.

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“Vim cedo por causa da fila e porque disseram que cada unidade tem uma quantidade limitada de vacinas. Guardei lugar para os meus avós porque eles já são muito idosos”, explicou Bruna.

Aliciene contou que está com uma tosse persistente há pelo menos dois meses. Mesmo assim, não tomou a vacina contra H1N1 antes, em clínica particular, por falta de recursos. “Não pude pagar. É muito cara. Mas vim logo no primeiro dia da vacinação porque fiquei com medo de acabar e porque essa gripe está matando muita gente”, disse.

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O segundo a chegar à UBS foi o encanador Gildásio Osório, de 80 anos. Desde 5h10 na porta, ele afirmou que madrugou por medo de encontrar longas filas. Ele se vacina contra a influenza desde 2011 e disse que, embora não conheça quem tenha contraído a doença, preferiu se prevenir logo no primeiro dia. “A gente viu na televisão que muita gente estava pegando fila, chegava e acabava a vacina. Então, do jeito que a coisa está grave, é melhor prevenir.”

Meia hora após a abertura do posto, a diarista Luiza França Araújo, de 61 anos, que era a terceira da fila, pegou a senha de número 5 e conseguiu se vacinar. Ela saiu comentando com as outras pessoas da fila: “Tem que vir cedo, senão vira tumulto”.

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