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Investigado por operar máfia da merenda aparece contando suposta verba de propina

Na imagem que foi divulgada pelo 'Jornal Hoje', Carlos Luciano Lopes está cercado por pilhas de dinheiro

Por Veja São Paulo
Atualizado em 27 dez 2016, 18h31 - Publicado em 14 abr 2016, 20h03
carlos-luciano-propina
carlos-luciano-propina (Polícia Civil/)
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Divulgada nesta quinta (14) uma foto mostra Carlos Luciano Lopes, vendedor da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), ao lado de pilhas de notas de dinheiro. A empresa é investigada por fraude na licitação de alimentos da merenda escolar em São Paulo.

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O registro teria sido encontrado no celular de outro investigado e foi divulgado com exclusividade nesta quinta (14) pelo Jornal Hoje, da TV Globo. Segundo a reportagem, a polícia admite que o rapaz estaria contando verba de propinas da ‘máfia da merenda’. A Secretaria de Segurança negou que o registro tenha partido da Polícia Civil e ressaltou que a investigação corre em segredo de Justiça.

Lopes prestou depoimento à Alba Branca em 20 de janeiro, um dia após a operação ter sido deflagrada. O relato do vendedor à Polícia Civil e ao Ministério Público Estadual delatava que o deputado Fernando Capez (PSDB) recebia parte de comissão entregue a um lobista por contratos supostamente superfaturados com prefeituras na venda de sucos e produtos alimentícios. 

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Entenda o caso

No começo deste ano, uma força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil revelou que uma máfia da merenda atuaria no governo estadual. No centro das apurações está a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), com sede em Bebedouro, a 380 quilômetros da capital.

A tese é que a empresa pagou propina a agentes públicos para superfaturar livremente os contratos para a entrega da merenda a escolas de 22 cidades do estado. As investigações mostraram que, em apenas um contrato de 13 milhões de reais, entre 10% e 20% do valor seria destinado a subornos.

Em depoimento à Polícia Civil, Cássio Izique Chebabi, ex-presidente da entidade, disse que Capez, presidente da Assembleia Legislativa, era o destinatário de parte do dinheiro. Segundo ele, outros cinco dirigentes da cooperativa também disseram à polícia que assessores de Capez eram citados em conversas intermediadas por um lobista. “Estou sendo alvo de uma armadilha”, defende-se Capez, que se antecipou à quebra de sigilo bancário e fiscal ao oferecer seus dados à Procuradoria-Geral de Justiça. “Alguém se apresentava como meu intermediário sem que eu tivesse conhecimento disso.”

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