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PM afirma ter identificado a ação de black blocs durante manifestação

De acordo com a corporação, havia policiais infiltrados para identificar os sinais dos black blocs

Por Redação VEJASÃOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 15h14 - Publicado em 23 fev 2014, 19h24

Em coletiva realizada na tarde deste domingo (23), a Polícia Militar fez um balanço positivo da ação para conter o protesto contra a Copa que tomou as ruas do centro de São Paulo no dia anterior. Nas palavras do coronel Celso Luiz Pinheiro, a operação foi “um sucesso”, pelo baixo número de feridos e de depredações e pela não utilização de substâncias químicas.

 

A estratégia de envolver os manifestantes em um “cordão” de policiais foi, segundo o coronel, previamente estabelecida. Relatos de participantes dão conta de que a contenção começou antes das depredações. De acordo com Pinheiro, havia agentes infiltrados para identificar os sinais de ação dos black blocs. “Naquele momento precisava ter feito isso, pois eles iam começar a agir”, afirmou.  

Entre os cerca de 1 500 manifestantes, 262 foram detidos e liberados depois na madrugada, após identificação. Segundo a PM, houve dez ocorrências de apreensão de material não especificado. Além disso, duas agências bancárias foram depredadas e oito pessoas ficaram feridas: cinco policiais, dois manifestantes e um jornalista – todos passam bem. Foram registradas ainda pichações em diversos prédios do centro. “Ajudou o fato de muitos dos que incitam a violência estarem prestando depoimento no DEIC na mesma hora do protesto”, disse.

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A respeito dos registros de agressão a jornalistas, a PM fez um pedido de desculpa. Afirmou, porém, que só o crachá não basta para identificá-los e que muitos usavam máscaras. Para a PM,  a imprensa e a corporação precisam “conversar melhor” para que essas ações não aconteçam novamente. “O uso do colete, por exemplo, pode ser uma opção”, concluiu.

Outra questão levantada foi a intervenção da PM no trabalho dos advogados dos manifestantes. Vários relataram que não puderam acompanhar os clientes nos distritos policiais. De acordo com o coronel, aqueles que acreditam que tiveram seu trabalho prejudicado devem entrar com representação: “O problema é que muitos estavam lá incitando o protesto”.

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