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Antes do Pan, ginástica garante que caso de racismo está superado

Atletas foram punidos após vídeo que circulou na internet com piadas preconceituosas

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h17 - Publicado em 8 jul 2015, 22h34
ginastica
ginastica (Reprodução/)
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Nos Jogos Panamericanos de Toronto, o ginasta Arthur Nory Mariano volta a representar a seleção brasileira pela primeira vez desde o caso de racismo que envolveu a modalidade. O vídeo que circulou na internet com piadas preconceituosas sobre a cor da pele de Ângelo Assumpção rendeu uma suspensão de trinta dias ao atleta e aos colegas Fellipe Arakawa e Henrique Flores, enteado do treinador Marcos Goto. Dentro da comissão técnica, o ocorrido é visto como uma “fatalidade” e um “caso encerrado”.

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“Ninguém pode falar que não vai acontecer mais. O que aconteceu foi uma fatalidade, foi uma coisa que não devia ter saído (sido divulgada para o público). É coisa de adolescente mesmo e a gente está orientando para que não aconteça de novo”, afirma Goto. “A Confederação (Brasileira de Ginástica) deu uma punição para servir de exemplo para os outros. O Nory está competindo, os outros já estão treinando. A vida continua.”

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O treinador relembrou outro caso de racismo no mundo do esporte, deixando o nome de Dunga nas entrelinhas, e comparou as duas situações. “A gente viu agora um treinador falando essas coisas e não aconteceu nada. Deu em alguma coisa? Não deu em nada. Agora o garoto fala alguma coisa e querem prender ele.”

No mês passado, o técnico da seleção brasileira de futebol deu uma declaração alvo de muitas críticas. “Até acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar”, afirmou em entrevista coletiva durante a Copa América. Horas depois da referência infeliz, a CBF divulgou uma nota de retratação em nome do comandante: “Quero me desculpar com todos que possam se sentir ofendidos com a minha declaração sobre os afrodescendentes. A maneira como me expressei não reflete os meus sentimentos e opiniões”.

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De acordo com Goto, os atletas continuam tendo permissão para utilizar as redes sociais sem censura. “Não mudamos nada na rotina, cada um é responsável por si próprio, não são mais crianças. Eles viram a problemática que isso causou. Está todo mundo mais esperto”, garante. Quando Nory foi perguntado sobre o uso do aplicativo Snapchat, o ginasta desconversou.

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Antes do treino em Toronto, o chefe de delegação Leonardo Finco também comentou o caso, tentando colocar um ponto final na história. “Esse assunto está resolvido no nosso grupo, a gente precisa focar no trabalho. Esse assunto morreu.”

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