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Advogada cria ONG para incentivar reciclagem de óleo de cozinha usado

Um litro da substância gordurosa contamina, em média, 25 000 litros de água; conheça a Ecóleo

Por Ludimila Honorato
Atualizado em 27 dez 2016, 16h28 - Publicado em 30 jul 2016, 00h00

Nem todo mundo sabe o estrago que causa ao meio ambiente despejar o óleo de cozinha no ralo ou misturá-lo ao lixo comum, hábito ainda muito frequente na cidade. O líquido entope os canos de residências e a tubulação do sistema público, além de poluir o solo e os rios — 1 litro da substância gordurosa contamina em média 25 000 litros de água.

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Sem saber como dar fim a esse problema dentro da própria casa, a advogada Célia Marcondes resolveu informar-se sobre o assunto e partir em busca de soluções. Descobriu que o resíduo é de interesse comercial de indústrias e travou, em 2007, uma parceria com uma companhia de coleta especializada. A Sabesp apoiou a empreitada.Teve início, então, uma campanha de porta em porta na região de Cerqueira César para incentivar o descarte correto.

Ajudou o fato de ela atuar desde 2001 na Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do bairro da Zona Sul, na época como presidente e hoje no papel de diretora jurídica. “Em cerca de um ano, 1 000 condomínios aderiram à ideia”, orgulha-se. Com a ação bem-sucedida, Célia passou a ser procurada por associações de outros distritos e municípios.

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Em 2009, ela criou a ONG Ecóleo, com o intuito de conectar produtores do resíduo, coletores e compradores. A organização tem orçamento mensal de 5 000 reais e é mantida por taxas pagas por 21 empresas associadas. Uma de suas principais funções envolve disseminar a ideia do descarte responsável. Depois de passar por um processo de limpeza, o material pode ser utilizado na fabricação de artigos como biodiesel, ração animal, tinta e sabão.

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A entidade, composta de doze voluntários, ajuda cerca de 2 000 pessoas no estado, que trabalham em uma rede de recolhimento. Aos interessados em ganhar dinheiro com isso, a ONG ensina a armazenar o óleo, transportá-lo com segurança e vendê-lo na rede cadastrada. Auxilia ainda na criação de postos de entrega. Graças a esse esforço, é recolhido por mês cerca de 1,6 milhão de litros do produto na capital. “A população joga fora o lixo de forma irresponsável, sem lembrar que o fora é aqui mesmo, ou seja, no nosso meio ambiente”, afirma Célia. “Quando você quer, você pode. Eu me sinto muito orgulhosa por tudo o que consegui.”

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