Continua após publicidade

Mais seis mortes podem estar relacionadas com a chacina

Além das dezoito vítimas assassinadas em Osasco e Barueri na quinta (13), outros casos que aconteceram nas imediações também são investigados

Por Adriana Farias
Atualizado em 1 jun 2017, 16h40 - Publicado em 19 ago 2015, 22h23
Chacina
Chacina (Marlene Bergamo/Folhapress/)
Continua após publicidade

O número de vítimas da chacina que aconteceu na última quinta (13) pode passar de 18 para 24 pessoas com o acréscimo de outras seis mortes registradas em Osasco entre os dias 8 e 9 de agosto. A Ouvidoria da Polícia protocolou um pedido nesta quarta (19) solicitando que os crimes sejam investigados em conjunto. “As chances dos crimes terem conexão são grandes, pois há muitas semelhanças”, disse o ouvidor Julio Cesar Fernandes Neves. “Assim como na chacina do dia 13, os criminosos que mataram essas outras seis pessoas, em alguns dos casos, também perguntaram se as vítimas tinham antecedentes criminais.”

+ Polícia divulga imagens de suspeito de matar PM em Osasco

Somente no dia 8 de agosto ocorreram cinco mortes sequencias por arma de fogo e com sinais de execução – um dia depois do assassinato do PM Admilson Pereira de Oliveira, de 42 anos, em um posto de gasolina em Osasco. Esse crime contra o soldado que, inclusive, patrulhava a região dos homicídios é apontado como o possível motivador da série de assassinatos. Uma das hipóteses de investigação é que um grupo de policiais teria cometido a chacina para se vingar.

“São mortes fora do normal em Osasco. A possibilidade de ser um revide realizado pelos mesmos autores é muito grande”, completa Neves. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública diz que esses homicídios estão sendo investigados pela Polícia Civil de Osasco, que não vê relação, até o momento, entre estes a sequência de mortes do dia 13.

Continua após a publicidade

Mortes

Na Rua Jacinto José de Souza, a menos de 3 quilômetros do bar onde oito morreram e duas pessoas ficaram feridas em Osasco, Rafael da Silva Santos, de 24 anos, foi assassinado com uma série de tiros na cabeça e no tórax por volta da 1h39. Poucos minutos depois, a 1h44 Gabriel Felipe Ferreira Lopes, de 17 anos, foi executado na Avenida Santhiago Rodilha.

Às 2h, Bruno dos Santos Pereira foi alvejado na Rua Calixto Barbieri. Na sequência, Diego Siqueira Pereira, de 27 anos, foi baleado na Avenida Esporte Clube Corinthians Paulista por volta das 3h. Por fim, às 6h54 foi a vez de Wellington Gomes Ribeiro, de 16 anos. No dia seguinte (9), às 19h30, Marcos Antonio Paes, de 44 anos, também morreu.

+ ‘Nunca ouvi tanto tiro na vida”, diz filho de vítima de chacina

Continua após a publicidade

Guarda Civil Metropolitano

Outro crime que a polícia acredita que pode ter motivado a chacina do dia 13 é a morte do guarda civil metropolitano Jefferson Luiz Rodrigues da Silva, de 40 anos, em Barueri, no dia 12 de agosto. Alexsandro Ribeiro Bezerra, de 21 anos, e Francisco Felisberto Camelo Brito, de 19 anos, foram presos em flagrante e a polícia investiga a participação de um terceiro.

No caso da morte do PM Oliveira, os suspeitos Thiago Santos de Almeida, de 26 anos, e Vagner Rodrigues, de 28 anos, tiveram prisão decretada no dia 9 de agosto, mas estão foragidos desde então.

Esses quatro homens envolvidos na morte do PM e do GCM moravam num raio de 10 quilômetros dos locais da chacina. Ribeiro residia há menos de 500 metros do bar na Rua Antônio Benedito Ferreira, onde oito morreram, e Brito morava a 1 quilômetro. Suspeita-se que ambos frequentavam o local.

Continua após a publicidade
Chacina Osasco
Chacina Osasco ()

Investigações

Na terça (18), a Corregedoria da Polícia Militar convocou para colaborar nas investigações 32 policiais que trabalhavam em Osasco e Barueri na noite da cachina. Os policiais, que fazem parte do 42º Batalhão da PM, em Osasco, e do 20º Batalhão, em Barueri, não são considerados suspeitos até o momento, mas testemunhas nas investigações.

A Secretaria da Segurança Pública também oferece recompensa de 50 000 reais para quem ajudar com informações que levem à identificação e à prisão dos autores da chacina. O caso é investigado por uma força-tarefa composta por setenta policiais civis e técnico-científicos na sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa, na capital.

A polícia afirma que três grupos distintos podem ter cometido as mortes. “São, no mínimo, dez criminosos envolvidos. As imagens apontam que havia quatro pessoas em um Peugeot e mais duas em uma motocicleta, em Osasco”, disse, em nota, o secretário Alexandre de Moraes.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.