Cazuza: conheça os bastidores do musical
Depois de grande sucesso no Rio de Janeiro, o espetáculo já ganha a plateia paulistana
Cazuza — Pro Dia Nascer Feliz, o Musical, escrito por Aloisio de Abreu, traz Emílio Dantas na pele do ídolo do pop rock nacional. O carioca Agenor de Miranda Araújo Neto (1958-1990) estourou como vocalista da banda Barão Vermelho e se consagrou com uma postura enérgica e carisma. Até ser vitimado pela aids, ele compôs temas como Codinome Beija-Flor, Brasil e O Tempo Não Para, presentes na trilha do espetáculo.
Para contar um pouco mais sobre a montagem, o fotógrafo Ricardo D’Angelo acompanhou o que acontece nos bastidores antes e durante a peça. Confira as fotos na galeria acima.
Uma coisa pode-se dizer com certeza sobre Cazuza: ator principal é um astro. Emílio Dantas dá vida e voz ao protagonista do musical. Brilhante, o intérprete carrega o espetáculo e domina os trejeitos ora afeminados ora irônicos e o timbre do cantor e compositor carioca.
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Não há grandes números de dança nem cenários incríveis como é comum ao gênero. O roteiro foca a vida do personagem a partir da formação do Barão Vermelho até sua morte em decorrência da aids, em 1990. Sua mãe, Lucinha Araújo (Susana Ribeiro, em atuação na medida), conduz a narração e, assim, justifcam-se os panos quentes ao tratar dos excessos do músico com álcool, drogas e sexo. Um pouco de tudo está ali: o apadrinhamento por Ney Matogrosso (Fabiano Medeiros, que faz um número primoroso), os conflitos profissionais, a amizade com Ezequiel Neves (André Dias, impagável), como ele lidou com a doença… Exageradamente dramático, o segundo ato aborda a fase “ideologia-eu-quero-uma-pra-viver” e o fim de sua vida. É emocionante e os fãs devem levar o lencinho.
Sete músicos fazem o acompanhamento. Com Susana Ribeiro, Marcelo Várzea, Brenda Nadler, Fabiano Medeiros e mais dez atores. Direção de João Fonseca.
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