Motorista que atropelou operários de ciclovia vai responder em liberdade
Juliana Cristina da Silva pagou fiança de 20 salários mínimos
A assistente jurídica Juliana Cristina da Silva, de 28 anos, que estava embriagada, neste domingo, 18, quando atropelou e matou os operários José Hairton de Andrade, de 53 anos, e Raimundo Barbosa dos Santos, de 38 anos, vai responder em liberdade aos crimes de homicídio doloso (quando há intenção de matar) e fuga do local do acidente.
+ Acidente com moto interdita Dutra na região de Cumbica
Em audiência de custódia, nesta segunda, o juiz Paulo de Abreu Lorenzino, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do Tribunal de Justiça (TJ) arbitrou uma fiança de 20 salários mínimos (15 760 reais), além de exigir que Juliana fique em casa das 22h às 6h, entregue a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e não se ausente de São Paulo por mais de 30 dias sem avisar a Justiça.
O magistrado entendeu que ela é ré primária e tem residência e empregos fixos. A reportagem não conseguiu contato com os defensores de Juliana. Mas, segundo o TJ, uma advogada que representou a assistente jurídica disse que ela fugiu do local do acidente com medo de represálias e que se dirigia a um batalhão da Polícia Militar para comunicar o caso.
+ Confira as últimas notícias da cidade
Segundo a Polícia Civil, a motorista foi presa após ser perseguida por testemunhas, depois de ter invadido uma área sinalizada e ter atingido os operários que pintavam uma ciclovia, na Zona Norte de São Paulo. Ela foi presa após o teste do bafômetro constatar que tinha 0,85 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelo pulmão. O máximo permitido é 0,05 mg. Se o motorista ultrapassar 0,33 é preso em flagrante por crime de trânsito.