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Governo pede reintegração de posse de escola em Pinheiros

PM usou spray de pimenta contra duas adolescentes de 15 e 16 anos; Alckmin diz que "tem política no meio" da ocupação

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h53 - Publicado em 11 nov 2015, 21h41
Escola ocupada Pinheiros
Escola ocupada Pinheiros (Veja São Paulo/)
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O governo estadual entrou, na tarde desta quarta (11), com pedido de reintegração de posse da Escola Estadual Fernão Dias Paes, invadida por alunos em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. O pedido ainda está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP). 

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Cerca de 30 alunos invadiram o local em protesto contra a reorganização da rede promovida pela Secretaria da Educação. Houve confronto entre policiais militares que cercam o prédio e estudantes. Um professor, diretor da Apeoesp, principal sindicato da categoria, foi preso por desacato.

A escola está cercada pela PM desde a tarde de terça (10). Ninguém está autorizado a entrar no prédio, mas seis alunos que participavam da ocupação deixaram o local após se identificar. O professor de Geografia José Roberto Guido teria tentado evitar que a polícia identificasse os estudantes, foi detido e agredido com cassetete. 

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Pela manhã, a PM usou spray de pimenta contra duas adolescentes, de 15 e 16 anos, que protestavam na frente do colégio. Uma delas chegou a desmaiar e precisou ser levada para um hospital da região.

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Sandy Rodrigues, de 15 anos, foi uma das atingidas pelos policiais. “Nós recebemos a informação de que estavam jogando bombas de gás lacrimogêneo dentro da escola. Quando fomos até o local, os policiais nos cercaram, nos encurralaram e nos agrediram”, disse a jovem. Na terça, já havia sido registrada confusão no local, quando a PM tentou deter duas adolescentes que deixaram o prédio.

O ato ganhou a adesão de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Eles passaram a noite na frente do colégio.

Desocupação

Lays, de 16 anos, foi uma das jovens que deixaram o prédio durante a tarde. Ela disse que desistiu de participar da invasão porque estava “muito cansada”. “Não concordo com a reorganização nem com a forma como a polícia está lidando com a gente, mas estou muito cansada e não conseguia ficar mais tempo lá.” Ela não quis dizer o nome completo.

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De acordo com a capitão da PM Cibele Marsolla, os policiais têm feito o controle dos alunos que saem. “Hoje não é um dia de funcionamento normal. Por isso, precisamos da identificação de cada um deles e saber se estão bem. Repassamos todas essas informações para o Conselho Tutelar”, disse. A dirigente de ensino da região centro-oeste, Rosangela Aparecida Valim, voltou a dizer que a invasão é arbitrária

‘Tem política no meio’

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta (11) que há pessoas fazendo uso político da invasão da Escola Estadual Fernão Dias Paes. “Tem muita política misturada nisso. Tem movimento envolvido que não é da escola, não tem a ver com educação”, afirmou, sem citar nomes.

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