Funcionários da USP aceitam proposta da Justiça, mas mantêm greve
TRT determinou o pagamento, em duas parcelas, de 5,2% de reajuste salarial mais bônus 28,6%
Os funcionários da USP, em greve há mais de cem dias, aceitaram na tarde desta segunda-feira (8) a proposta do Tribunal Regional do Trabalho que estabeleceu reajuste salarial de 5,2% e bônus 28,6%, pagos em duas parcelas.
Para encerrar a paralisação, no entanto, o Sintusp (sindicato dos funcionários) ainda discute a questão dos dias parados. A USP quer que os grevistas reponham os 105 dias não trabalhados. Já o sindicato negocia a reposição de trabalho. “Entendemos que, durante a greve, o essencial foi mantido. Não há motivo para repor 105 dias”, afirma Neli Wada, do Sintusp.
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Uma nova reunião entre sindicato e Reitoria está prevista para esta terça-feira. Na quarta, haverá nova audiência de conciliação no TRT.
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Na última quinta-feira (4), após decisão do Supremo Tribunal Federal, foram acertados os salários que deveriam ter sido pagos em 5 de agosto.
Greve
A greve na USP começou no dia 27 de maio após o Conselho de Reitores das Universidade Estaduais Paulistas (Cruesp) anunciar o congelamento dos salários na USP, na Unicamp e na Unesp em razão da crise financeira das entidades.
De acordo com o conselho, os gastos com salários vêm comprometendo demasiadamente as receitas das três universidades. Na USP, 104,22% do orçamento é destinado para a folha de pagamento. Na Unicamp e na Unesp, os percentuais são de 96,52% e de 94,47%, respectivamente.
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