Fogo destrói acervo do Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios
O incêndio começou por volta da 1 hora e queimou quadros, esculturas e móveis antigos
Quase todo o acervo do Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios, no bairro da Luz, Centro de São Paulo, foi destruído por um incêndio na madrugada desta terça-feira (4). O fogo começou por volta da 1h e se alastrou rapidamente. Ninguém ficou ferido.
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Vigias que estavam no local ligaram para o Corpo de Bombeiros avisando sobre o problema. No total, 48 homens em 14 viaturas atenderam a ocorrência. As chamas foram controladas em aproximadamente 20 minutos. Quadros, esculturas, réplicas em gesso de obras de arte e móveis antigos foram destruídos. A perícia identificará as causas do incêndio.
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O local, que já estava fechado para visitação, funciona em um prédio anexo à escola, que não foi atingida. Apesar disso, as aulas foram suspensas.
O Liceu de Artes e Ofícios foi criado em 1873, mas o Centro Cultural começou a funcionar na década de 1980.
Desde sua fundação, a escola se transformou em referência na formação de artesãos e trabalhadores para oficinas, comércio e a lavoura. Quando assumiu a direção do Liceu em 1890, o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo contratou inúmeras obras dos alunos e artesãos. Com isso, os trabalhos produzidos na instituição se proliferaram pela cidade.
Entre as principais obras construídas pelo Liceu de Artes e Ofícios está a estátua Duque de Caxias, criada pelo artista Victor Brecheret. Localizado na Praça Princesa Isabel, em Campos Elíseos, o monumento tem a altura de um prédio de dez andares (do pedestal de granito à ponta da espada).
Também foram construídos na instituição os portais de madeira da Catedral de São Paulo, as esquadrias metálicas da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e móveis que ficam no Museu do Ipiranga e Memorial do Imigrante.