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Executivo preso pela Lava Jato em Cumbica paga fiança de 3 milhões

Mariano Ferraz deixou prisão na Lava Jato, mas continuará proibido de sair do Brasil e de e mudar de endereço sem o ava de Sergio Moro

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 15h01 - Publicado em 3 nov 2016, 19h12
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mariano-ferraz (Reprodução/Instagram/)
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Preso na quinta passada (27), no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, quando estava prestes a deixar o País rumo a Londres, o executivo Mariano Marcondes Ferraz aceitou pagar fiança de R$ 3 milhões para deixar a prisão na Lava Jato e cumprir medidas alternativas enquanto é investigado por suspeita de pagar propinas no esquema de corrupção na Petrobras.

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O acerto foi feito nesta tarde durante audiência do empresário com o juiz Sérgio Moro para definir sua situação.

Apesar do pagamento, o executivo, que admitiu ter pago mais de US$ 800 mil em propinas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, continuará proibido de deixar o Brasil, tendo seu passaporte retido pela Justiça, está proibido de mudar de endereço sem avisar Moro e ainda se comprometeu a comparecer em todos os atos do processo quando for intimado.

“Embora isso possa lhe trazer dificuldades profissionais, já que trabalha no exterior, trata-se de algo que o investigado terá que resolver por sua conta. Caso fosse mantido preso preventivamente, evidente que as dificuldades seriam ainda maiores”, assinalou o juiz Sérgio Moro.

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Executivo da Trafigura, e também representante da empresa Decal – ambas que já fizeram negócios com a Petrobras – Mariano Ferraz afirmou ao juiz da Lava Jato, por meio de uma petição de seus advogados, que está disposto a “colaborar na apuração dos fatos”. Graças à cooperação internacional e às delações premiadas de Paulo Roberto Costa e seus familiares, a Lava Jato identificou pagamentos de Mariano a contas do genro do ex-diretor da Petrobras no exterior.

A força-tarefa apura se os pagamentos teriam relação com a Trafigura, que entre 2003 e 2015 movimentou US$ 8,6 bilhões em compras e vendas de combustíveis com a Petrobras, e a Decal.

“Quanto a fiança, o valor foi fixado tendo presente renda elevada do investigado (salário anual declarado de USD 300 mil ano), além da dimensão do suposto crime, com pagamento de vantagem indevida de cerca de USD 868 mil. Convertendo valor pelo câmbio de hoje, tem-se cerca de R$ 2,8 milhões, que arredondei para três milhões”, segue o juiz Moro na ata de audiência em que ficaram acertadas as condições da soltura do executivo.

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