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Ex-skinhead acusado de esquartejar a tia era considerado “amigável”

Após ser denunciado pelo pai, Guilherme Lozano Oliveira foi preso na noite dessa quarta (5); partes do corpo da vítima estavam em uma geladeira

Por Pedro Henrique Tavares
Atualizado em 5 dez 2016, 12h12 - Publicado em 7 ago 2015, 10h23

O desenho de um fuzil AK-47 desenhado na testa contrastava com o perfil de um rapaz reservado e de poucas palavras, que não demonstrava sinais de agressividade e era considerado até mesmo “amigável”. Por isso, os vizinhos de Guilherme Lozano Oliveira na Vila Medeiros, Zona Norte, ficaram surpresos quando viram o desempregado fugir da polícia na noite da última quarta (5). Eles ficaram ainda mais impressionados quando descobriram que o ex-skinhead de 22 anos é suspeito de matar a tia estrangulada com um golpe conhecido como mata-leão, esquartejando posteriormente o corpo da vítima. Algumas partes ele enterrou em um terreno em Itapevi. O restante, ele escondeu dentro da geladeira do apartamento onde morava.

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“Isso é prova que as aparências realmente enganam. Ele costumava passar aqui quase todo dia para beber alguma coisa. Não falava muito, mas era amigável. Não imaginava que uma coisa dessas pudesse acontecer”, afirmou Agnaldo Silva, atendente de um bar próximo ao apartamento na Rua Acapuzinho onde Guilherme morava com a tia, a professora Kely Cristina de Oliveira, de 44 anos.

O rapaz de 1,90 metro de altura não costumava circular muito pelas ruas do bairro. Nem fazia questão de manter amizade com os moradores da rua sem saída que tem a predominância de casas. Considerado reservado, ele, porém, tinha o hábito de cumprimentar a todos. “Por isso, considerava ele simpático, mas quieto. Fiquei muito surpresa”, disse uma vizinha que não quis se identificar.

Não região, os moradores questionados também não sabiam do passado de Guilherme, que ficou preso por oito meses em 2014, após ser condenado pelo assassinado a facadas de um rapaz durante uma briga envolvendo skinheads e punks, na frente de uma casa noturna em Pinheiros, na Zona Oeste, em 2011. Desempregado, ele aguardava o julgamento de um recurso em liberdade.

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Para os policiais, Guilherme disse que é ex-skinhead. Agora, a Justiça decretou a prisão do rapaz por homicídio, ocultação de cadáver e desobediência.

Crime

Preocupado com o desaparecimento da irmã, Marco Antonio Oliveira foi até o apartamento onde ela morava com Guilherme, na Rua Acapuzinho, na Vila Medeiros, na noite de quarta (5). Desconfiado dos argumentos apresentados pelo filho, o aposentado parou uma viatura da Polícia Militar que fazia patrulhamento pela região e informou sobre sua suspeita, apontando para o rapaz.

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De acordo com a polícia, Guilherme entrou rapidamente no seu veículo, um Ford Escort, que ostenta nas portas a imagem de uma cruz de ferro, símbolo militar alemão.Na fuga, ele perdeu o controle da direção e bateu em um poste na esquina da Avenida Júlio Buono com a Rua Major Dantas Cortez.

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Após receber atendimento médico no Hospital São Luiz Gonzaga, ele foi preso e encaminhado para o 73º Distrito Policial. Para o delegado, Guilherme negou o crime. Entretanto, ao encontrar novamente com o pai, ele confessou o caso. Para o delegado, o rapaz disse que enforcou a tia após uma discussão, alegando que foi um acidente.

O caso foi registrado no 73º DP, mas será investigado pela equipe do 39º DP. Peritos realizarão exames nas partes do corpo para identificar a causa da morte.

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