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Em vídeo: como funciona a fiscalização dos radares paulistanos

Redução da velocidade nas marginais levantou dúvidas sobre a operação dos equipamentos

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h12 - Publicado em 7 ago 2015, 19h53
Radares - edição 2369
Radares - edição 2369 (rivaldo gomes/folhapress/)
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A redução de velocidade nas marginais em vigor desde o dia 20 de julho tem sido alvo das críticas de quem dirige na cidade. A medida também levantou dúvidas sobre a eficácia e controle dos radares que controlam os limites de velocidades. A fim de explicar como funciona o sistema, a reportagem de VEJA SÃO PAULO acompanhou uma fiscalização de rotina realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP). 

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Atualmente, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a capital conta com 746 radares instalados. Além destes, outros 97 devem ser colocados nas ruas nos próximos meses. Ainda conforme a CET, todas as máquinas estão em pleno funcionamento. Em 2014, os dispositivos eletrônicos aplicaram 7 479 496 multas nos motoristas. No primeiro semestre deste ano, de janeiro a junho, o número chegou a 4 282 636 autuações. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, que teve 3 631 050 de multas, o aumento foi de 15%.  

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Os radares paulistanos são regidos por padrões de fiscalização rigorosos, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo Valmir Ditomaso, diretor de Metrologia Legal e Fiscalização do Ipem, nenhum equipamento pode ser alterado ou tirado do lugar sem que a empresa esteja ciente. “Só a empresa tem acesso ao lacre que protege o equipamento”, explica Ditomaso. A seguir, algumas dúvidas sobre o funcionamento dos radares: 

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1) É possível enganar o radar?

Não. O equipamento opera programado com um nível de tolerância, que é de 7 quilômetros por hora acima do limite de velocidade de cada via. Por isso, passando deste indicador, o motorista será multado.

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2) Para mudar o limite de velocidade, é preciso abrir cada equipamento?

Depende do radar. De acordo com Valmir Ditomaso, dependendo do modelo, é necessário que o Ipem entre em contato com a empresa que administra o medidor. Assim, ela deverá abrir o lacre para que o limite de velocidade seja alterado. Em outros casos, é de responsabilidade da própria empresa fazer a alteração por um cabo conectado no radar ou via bluetooth.  

3) Técnicos da CET ou do Ipem podem abrir e manipular os radares?

Não há esta possibilidade. As chaves do lacre de cada radar se encontram em poder da empresa que o administra. E o Ipem só faz a abertura do equipamento em caso de manutenção preventiva ou denúncia de manipulação. 

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4) Fui multado, mas acho que o equipamento está adulterado. Posso denunciar?

Sim. Através das ouvidorias do Ipem ou da CET é possível registrar uma denúncia. Se houver pertinência no caso, o Ipem entra em contato com a empresa que administra o radar e solicita uma fiscalização.  

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5) Todos os radares dependem de uma marcação no solo para registrar o limite de velocidade?

Nem todos. Há radares que fazem a marcação através da diferença de posição do veículo. Isso é possível através de um laser que registra o ponto de passagem do automóvel.

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6) Os radares exigem uma manutenção periódica?

Sim, o Ipem faz uma manutenção preventiva anualmente. Para facilitar o processo, o trabalho é realizado no período da noite, quando há menos movimento nas ruas. Com um carro próprio, o órgão faz a verificação das medições. 

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