Dono de lanchonete faz ofensas homofóbicas a cliente
Discussão entre Shemuel Shoel e Leka Peres começou depois de uma crítica a itens de decoração da casa
Dono da lanchonete The Dog Haüs, Shemuel Shoel ofendeu, na noite de quarta (4), a jornalista Leka Peres com mensagens homofóbicas. Leka havia criticado o estabelecimento por manter em suas paredes placas decorativas cujo teor ela considerou machistas.
Na noite de quarta, o empresário ofendeu a jornalista via serviço de mensagens instântaneas do Facebook. “Ele veio me procurar falando que não era machista e que nunca havia desrespeitado uma mulher”, contou à VEJA SÃO PAULO. Depois, segundo ela, começaram as ofensas. Nas mensagens, ela é chamada de “sapatão mal-educada e “p… de quinta”.
Procurado pela reportagem, Shoel afirmou que ela o chamou no serviço de troca de mensagens. “Ela passou o dia inteiro me enchendo o saco e eu até dei umas risadas, mas uma hora eu não aguentei e falei todas aquelas m…”, afirmou ele. “Eu não sou homofóbico, mas não tenho que me explicar a ninguém”, disse o empresário.
A história pode, agora, acabar na Justiça. “Pretendo prestar queixa na delegacia por ameaça e homofobia”, conta Leka . Shoel, por sua vez, diz que irá processá-la por ela o chamar de “traficantezinho de quinta”, em relação a um caso de porte de drogas no qual ele foi julgado e absolvido em 2011.
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Entenda o caso
No último sábado (31), Leka publicou um post dizendo que o estabelecimento mantinha placas de decoração com conteúdo machista. Um dos cartazes trazia a frase “meninas: sem camisa, drinks grátis” e a outra listava desculpas que a lanchonete poderia dar “caso alguma namorada ou esposa ligar procurando você”.
Irritado com o comentário da jornalista, Shoel respondeu dizendo que “havia muita gente infeliz no mundo”. “Caramba, quanta fente infeliz no mundo. Isso é decoração, bando de babaca. Aqui respeito a todos. Ficou ofendido? Come hot dog em outro pico”, escreveu ele.
Na tarde de quarta (4), o empresário afirmou à VEJA SÃO PAULO que a postagem havia sido equivocada. Disse ainda que as placas foram retiradas, “mas apenas porque alguns de seus clientes haviam dito que a briga não valeria pena”. “Homem, mulher e até criança sempre tirou foto [com a placa], compartilhou nas redes sociais e levou na brincadeira. Essa moça, porém, foi grosseira”, comentou.