De volta ao CQC, Cortez lamenta não ter sido bem aproveitado na Record
Humorista assinou contrato com a Band por dois anos e retorna à emissora que o projetou
O apresentador e humorista Rafael Cortez, de 38 anos, está pronto para voltar a usar óculos escuros e terno preto em 2015. Após dois anos na Record, ele assinou contrato para retornar ao CQC, da Band, programa no qual despontou em 2008 e permaneceu até 2012. O retorno de Cortez é uma das novidades que a Band prepara para o humorístico no ano que vem. Entre as já confirmadas, está a presença do ator Dan Stulbach no comando da bancada no lugar de Marcelo Tas.
O humorista afirma que sua saída da emissora do bispo Edir Macedo está sendo tranquila, mas com o sentimento de que poderia ter sido melhor aproveitado. “Saio com as portas abertas. Só fiquei com a sensação de que poderia ter feito mais, de que a Record não me conheceu direito. A emissora poderia ter me explorado mais”, diz.
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Cortez foi levado para a Record para apresentar, em 2013, o Got Talent Brazil, um show de calouros importado que não passou da primeira temporada. “Como humorista, foi frustrante. Era um formato engessado e a emissora pagou o preço por isso também. O público queria o comediante e eu estava ali só para amarrar os quadros”, diz.
No início deste ano, esteve no comando do Me Leva Contigo, um programa de namoro em que fazia as vezes de cupido. “Tive toda a liberdade do mundo e uma direção maravilhosa. Pena não ter sido renovado.”
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Entre uma e outra atração, ele ainda foi convocado para atuar no especial Nova Família Trapo, em que interpretou o protagonista Quintino. A ideia era fazer o piloto se consolidar na grade fixa em 2014, mas o projeto não agradou o público e foi abortado.
Apesar de ter aparecido pouco no vídeo, o humorista afirma que trabalhou quase todo o tempo de contrato na Record. Só está sem dar expediente desde julho. “A Record foi muito gentil comigo, até quando fiquei na geladeira. A direção me fazia propostas e respeitava quando eu não topava.”
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O contrato com a Record termina no dia 31 de dezembro. Antes de negociar o retorno para o CQC, Cortez afirma ter dado preferência à renovação com a atual emissora. Como não houve interesse, ficou à vontade para iniciar a conversa com a Band, vista por ele como um caminho natural.
“Nesses dois anos em que fiquei fora do CQC, estive perto deles o tempo todo. Meu círculo social ainda é o programa”, diz, referindo-se aos repórteres Maurício Meirelles e Oscar Filho e à atriz Mônica Iozzi, que deixou o programa em 2014 e foi contratada pela Globo.
O humorista afirma que aceitou o antigo emprego de volta por causa da reformulação editorial do CQC, embora suas novas atribuições ainda não estejam definidas. “Retornar ao CQC não é um retrocesso. Penso na carreira como um processo mais longo”, diz Cortez, que ainda deseja poder levar ao ar um programa concebido por ele.
“Um dia vou ter um programa que terá a minha concepção, que será o meu sonho. Enquanto isso não acontece, vou trabalhando no sonho dos outros e fazendo dele o meu sonho também.” O contrato de Cortez com a Band segue até 2016.