O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) irá realizar um novo Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) para reduzir a folha de pagamento de funcionários da universidade, que enfrenta grave crise financeira.
A medida foi votada em reunião realizada nesta terça-feira (13) entre representantes de alunos, docentes e funcionários. Foi aprovado também um programa de incentivo à redução da jornada de trabalho. Os funcionários que aceitarem aderir terão cortes proporcionais no salário.
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Essa é a segunda tentativa da reitoria de reduzir a folha de pagamento por meio de demissões voluntárias. No fim de 2014, cerca de 1 300 funcionários aderiram à primeira proposta da instituição, que destinou 400 milhões de reais ao pagamento das verbas rescisórias. A expectativa era que cerca de 2 800 funcionários não-docentes aderissem ao programa. Como a meta não foi atingida, a reitoria destinou a verba restante – 118 milhões reais – para uma nova leva de demissões, que deve ter início no ano que vem.
As medidas fazem parte de um plano anticrise. De acordo com a reitoria, para este ano está prevista queda de 3,44% na arrecadação do ICMS pelo Estado. O repasse do tributo é a principal fonte de renda da universidade. Com isso, a USP prevê encerrar o ano com déficit de 868 milhões reais, 325 milhões reais a mais do que o previsto. No primeiro semestre, os gastos com salários de funcionários e professores atingiu mais de 105% da verba repassada à universidade.