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Acusado de agredir jovem com lâmpada é condenado a nove anos de prisão

Jonathan Lauton Domingues, de 24 anos, participou de ataque contra estudante Luís Alberto Betonio na Avenida Paulista em 2010

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h57 - Publicado em 21 out 2015, 19h35
agressao_avenida-paulista
agressao_avenida-paulista (Reprodução/)
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A Justiça de São Paulo condenou a nove anos de prisão Jonathan Lauton Domingues, de 24 anos, um dos responsáveis pelo ataque a um grupo que caminhava na Avenida Paulista em novembro de 2010. Na ocasião, Domingues e outros três adolescentes agrediram Luís Alberto Betonio com uma lâmpada fluorescente. A juíza Renata Mahalem da Silva Teles entendeu que o crime foi motivado por homofobia. 

De acordo com a decisão do júri popular conduzido por Renata, Domingues foi condenado por tentativa de homicídio por motivo torpe, com emprego de asfixia e dificultando a defesa da vítima. Betonio recebeu socos e pontapés, além de ser imobilizado pelos agressores. Outros três amigos dele também apanharam, mas não tiveram ferimentos graves.

A sentença diz que houve “clara conotação descriminatória”. “O réu e seus comparsas praticaram o delito por nutrirem verdadeiro ódio por homossexuais, sendo intolerantes à opção sexual da vítima, tanto que as agressões se concentraram na região do rosto, com nítido intuito de hostilizá-la”, diz o texto.

Ainda segundo a decisão, Domingues ficará preso, inicialmente, em regime fechado. O caso motivou uma série de mobilizações de grupos que lutam pela causa LGBT. No ano passado, um ato batizado como “A Revolta da Lâmpada” relembrou o crime

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Trauma

Advogado da vítima, Felipe Mello de Almeida diz que Betonio comemorou a sentença. “Foi recebida com muita alegria. A resposta da Justiça para um fato tão bárbaro foi adequada para demonstrar que os crimes de ódio não são mais aceitos nos dias de hoje.”

Ele diz que a vítima, atualmente com 28 anos, vai poder se recuperar do trauma da agressão. “Ele parou de estudar e ficou sem sair de casa por um longo período de tempo. Isso serve para virar a página.”

O réu está sendo representado por um defensor público, que não se manifestou sobre a sentença. 

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