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Os quinze bairros campeões de roubos e furtos a residências

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública obtidos por VEJA SÃO PAULO, 54 imóveis por dia, em média, são assaltados na capital 

Por Adriana Farias
Atualizado em 1 jun 2017, 15h51 - Publicado em 10 nov 2016, 15h50

A quantidade de roubos e furtos em residências na capital aumentou 6% nos primeiros oito meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015. 

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Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) obtidos por VEJA SÃO PAULO, foram 12 967 assaltos a casas e apartamentos entre janeiro e agosto, o que dá uma média de 54 casos por dia. Isso representa 5,7% do total dos 225 101 roubos e furtos gerais ocorridos no mesmo período (exclui-se aí as ocorrências envolvendo veículos, banco e cargas, que possuem estatísticas específicas).

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O Jabaquara, na Zona Sul, lidera a lista dos quinze bairros com mais roubos e furtos a residências em 2016 (confira o ranking abaixo). Dos 73 200 domicílios, 238 deles sofreram furtos e outros 55 foram roubados. Em 2015, a região também liderou em roubos com 60 ocorrências, e ficou em segundo lugar no quesito furtos, com 208 casos.

“Esse cenário é consequência da ação de bandidos que moram na área”, explica o consultor em segurança José Vicente da Silva, coronel reformado da Polícia Militar. “Quando um vê que dá para assaltar, acaba chamando a atenção de outros criminosos e vira moda atuar ali”.

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O segundo bairro com mais ocorrências de furto este ano é Itaquera, na Zona Leste. Com 60 185 moradias, o local sofreu com 234 ataques desse tipo. Em terceiro, aparece Cidade Ademar, na Zona Zul, onde 217 de suas 81 000 moradias foram surrupiadas sem uso da violência, e outras 53 por meio de agressões a seus ocupantes. O bairro detém o 2º lugar no ranking de roubos, seguido de Campo Limpo (50), Campo Grande (49) e Morumbi (46), com respectivamente 64 000, 34 000 e 15 500 residências.     

FURTO 2016
FURTO 2016 ()
ROUBO 2016
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FURTO 2015
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ROUBO 2015
ROUBO 2015 ()

A Secretaria da Segurança Pública diz que ao menos 583 crimes contra o patrimônio nas regiões citadas pela reportagem foram esclarecidos pela Polícia Civil de um ano para cá. O trabalho resultou na detenção de 190 pessoas. Confira abaixo a nota completa enviada a VEJA SÃO PAULO.

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A Polícia Civil da capital informa que tem atuado para coibir os roubos e furtos a residência, tendo esclarecido, entre 2015 e 2016, pelo menos 583 crimes contra o patrimônio nas regiões citadas pela reportagem. Além disso, foram detidas 190 pessoas em virtude do trabalho de polícia judiciária nestas ocorrências.  O Deic também conta com uma delegacia para a investigação de crimes de roubos e furtos a condomínios e residência, que alcançou 65% de esclarecimento dos casos investigados pela especializada no período abordado pela reportagem. 

Observa-se que a incidência da prática criminosa por menores de idade e a legislação vigente, com o curto período de encarceramento, são fatos que dificultam, e muito, o trabalho das polícias. Por este motivo, as equipes de investigação de crimes contra o patrimônio dos distritos policiais têm buscado demonstrar junto ao Poder Judiciário a necessidade de prisões cautelares.

Em toda a capital, as polícias prenderam 34 883 pessoas em flagrante nos primeiros nove meses do ano, além de 3 318 armas apreendidas.

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A Polícia Militar realiza o policiamento visando a prevenção de crimes, inclusive os roubos e furtos à residência, levando em consideração os indicadores criminais e as peculiaridades de cada região na distribuição do policiamento, integrando as ações com programas e projetos que buscam a participação da sociedade para coibir os crimes.

Entre as principais práticas aplicadas e desenvolvidas pela Polícia Militar está o modelo de Polícia Comunitária inspirada no modelo japonês, sendo pioneira no Brasil e referência na difusão desse conceito aos países da América Latina. Os Consegs, dos quais participam os comandos das duas polícias e moradores de cada bairro, se reúnem mensalmente para discutir demandas observadas pelos cidadãos no dia a dia. Essas informações auxiliam o planejamento das patrulhas preventivas.

A utilização de bases comunitárias ajuda a PM a desenvolver atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. Elas estimulam a participação das comunidades locais, permitindo o estímulo ao compartilhamento de informações de interesse de segurança pública. Outros projetos como o Vizinhança Solidária, Idosos em Ação, Criança Feliz, Passeio Ciclístico, Campanha do Desarmamento Infantil, Natal Solidário e Coleta de vidros para armazenamento de leite materno, Jornadas da Cidadania são exemplos de iniciativas que envolvem policiais militares e sociedade, aproximam adultos e crianças que vivem no entorno das bases, e visa aumento da segurança.

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