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Confira a repercussão internacional sobre o impeachment de Dilma

Votação que definiu abertura de processo contra presidente é destaque nos principais veículos de comunicação do mundo 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 27 dez 2016, 17h57 - Publicado em 12 Maio 2016, 10h10

A aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é destaque principal em boa parte da imprensa internacional nesta quinta (12). Os veículos de comunicação mais conceituados do mundo colocaram em suas páginas principais na internet o resultado da votação ocorrida no Senado.

+ Senado define se afasta Dilma da Presidência

Na manhã desta quinta (12), chegou ao fim a sessão, iniciada na quarta (11), que decidiu pela a abertura do processo de impedimento da petista. Enquanto é analisado o processo, Dilma ficará afastada do cargo por 180 dias. Se for considerada culpada, a petista ficará inelegível por oito anos e não poderá desempenhar nenhuma função pública. Ela é processada por crime de responsabilidade fiscal.

O New York Times destacou em sua manchete o resultado da sessão no Senado: “Presidente do Brasil é afastada; começa o julgamento do impeachment”. O jornal americano apontou ainda que o processo pode durar até seis meses e que as graves crises política e econômica pela qual passa o país colaborou para o desgaste da presidente.

O britânico The Guardian ressaltou que a “primeira mulher presidente do país” é acusada de crimes fiscais. A publicação lembrou esse é o segundo processo de impeachment realizado no Brasil após a redemocratização. O Guardian ponderou que o processo é mais político do que legal e afirmou que irregularidades similares cometidas por outros governantes no Brasil não foram punidas com a perda de mandato.

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Os dois maiores jornais da argentina, La Nacion e Clarín, também colocam o resultado da votação no Senado com notícia principal de seus websites. O Clarín fala em sessão histórica, que afastou a presidente por 180 dias e explica que a maratona da votação durou mais de 20 horas. No La Nacion, noticia ainda que o vice Michel Temer (PMDB) assumirá o cargo ainda nesta quinta. Na publicação, ainda tem destaque uma declaração do presidente argentino, Mauricio Macri, que pediu “respeito ao processo institucional ocorrido no Brasil” e apostou na “consolidação da democracia brasileira”.

O francês Le Monde começou seu texto sobre o processo de impeachment da presidente com uma anologia futebolística: “Fim de jogo para Dilma Rousseff”. O jornal fala sobre como a líder de esquerda tornou-se impopular no país e que seu processo de impedimento agora será conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Já o espanhol El País, além de notificar o afastamento da presidente, também trouxe informações sobre as comemorações de grupo anti-Dilma e fez um perfil de Temer, considerado “discreto e ambicioso”. 

O chileno Diário Financiero traz em sua capa uma foto de Dilma de costas, com as mãos sobre a cabeça, sinalizando desconforto. Sob o título “Senado no Brasil aprovou o processo de destituição de Dilma Rousseff”, o jornal classifica o resultado da votação no Senado como “uma dura derrota política da mandatária”.O colombiano El Espectador destaca que a possível destituição de Dilma colocaria fim não só ao mandato da “ex-guerrilheira esquerdista de 68 anos, que em 2011 assumiu como a primeira presente mulher do Brasil, mas marcaria o fim de mais de 13 anos de governo do esquerdista Partido dos Trabalhadores”.O uruguaio El Observador notou a hesitação do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, que também sofreu processo de impeachment, em definir seu voto. Também mereceu espaço a informação de que os pertences de Dilma foram retirados na tarde de quarta-feira, 11, do Palácio do Planalto e direcionados à residência oficial, o Alvorada, onde ela deve aguardar o resultado de seu julgamento.O venezuelano Telesur classificou o resultado da votação no Senado como um “golpe à democracia” e um “feito sem precedentes” já que a “mandatária é acusada sem provas”. O site destaca uma foto de manifestantes segurando uma faixa onde se lê “golpe”, com o logo da Rede Globo. (Com Estadão Conteudo)

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