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Curiosidades sobre o Círio de Nazaré

Descubra quanto mede a corda carregada pelos fiéis e onde eles podem descansar entre uma procissão e outra

Por Luciana Cavalcante e Sonia Ferro
Atualizado em 1 jun 2017, 17h13 - Publicado em 9 out 2014, 17h06

Em cartaz

Basta olhar para as portas de casas e prédios em Belém para saber que, sim, a época de Círio chegou: todas as fachadas exibem o cartaz oficial da romaria. Por causa desse hábito, o folheto de divulgação acabou virando um dos mais famosos elementos do evento. Todos os anos, os fiéis aguardam o lançamento da peça, criada a partir de uma fotografia da imagem da padroeira. Há 23 anos a agência Mendes se encarrega da produção dos exemplares, que, em 2014, atingiram a tiragem de 900 000.

“Alguns lotes são enviados a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro para atender os paraenses espalhados pelo país”, diz Oswaldo Filho, diretor da empresa. O mais antigo cartaz de que se tem notícia data de 1909. Guardado como “relíquia” por um século, ele foi doado à Basílica em 2009. Hoje, uma réplica fica exposta na Casa de Plácido.

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Refresco para os pés

Há cinco anos muitos romeiros que arrastam as sandálias ou a sola dos pés nas procissões encontram alento na Casa de Plácido. Instalada no piso térreo do Centro Social de Nazaré, anexo à Basílica, a casa de 1 000 metros quadrados inclui banheiros e um amplo salão de atendimento para primeiros-socorros, massagens e descanso. Da semana que antecede a festa até o seu encerramento, esse espaço funciona 24 horas.

“Os peregrinos são recebidos por cerca de 500 voluntários, desde profissionais da saúde até pessoas que ajudam na alimentação”, explica Maria Helena Pessoa, coordenadora da Pastoral da Acolhida da Basílica. Uma das voluntárias mais antigas é a auxiliar de enfermagem Dolores Duarte. “Alguns romeiros já chegam perguntando por mim”, diz, orgulhosa, aos 82 anos. Ela conta que, na época do Círio, passa mais tempo preparando comida para os fiéis do que em casa. “É um trabalho gratificante. A melhor coisa da vida é poder ajudar ao próximo”, emociona-se.

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Em busca da berlinda

Neste ano, o site www.kdaberlinda.pa.gov.br, que desde 2012 mapeia em tempo real a localização da berlinda nas procissões, vai funcionar em dez das doze romarias oficiais. Em 2013, o serviço cobria apenas seis e contabilizou cerca de 100 000 acessos. No endereço eletrônico, dá para baixar o aplicativo grátis para tablets e celulares — no ano passado, foram 2 500 downloads.

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Círio de Nazaré
Círio de Nazaré ()

A corda é forte

Milhares de mãos impávidas disputam espaço na corda que leva a berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré na maior procissão da festa, no domingo. Para suportar o trajeto de quase 4 quilômetros — e a “fúria santa” dos devotos —, ela tem de ser resistente. Feita de fibra natural de sisal retorcido, a corda de 400 metros de comprimento e 50 milímetros de diâmetro é dividida em vários lances, estrategicamente unidos por argolas de metal.

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+ Dicas para aproveitar a festa do Círio de Nazaré

“Desenvolvemos um método artesanal para atar as partes com firmeza, sem risco de elas se soltarem com a pressão no momento do cortejo”, explica Marcelo Iargas, gerente comercial da Itacorda, empresa catarinense responsável pela confecção do produto há dois anos, ao custo de 20 000 reais. A montagem começa no fim de julho e leva cerca de três semanas para ser concluída. Em seguida, a corda viaja cerca de 3 500 quilômetros entre a cidade de Penha, em Santa Catarina, e a capital paraense, num percurso de cinco dias a bordo de um caminhão — o serviço é doado por uma transportadora à coordenação da festa.

Já em Belém, fica guardada ao lado da berlinda e dos carros de promessa até a esperada procissão. Ao final da romaria, a corda é cortada em pequenos pedaços, transformando-se em amuleto para os fiéis. “Só permanecem intactos os 20 metros iniciais amarrados à santa, que depois são exibidos em exposições e eventos religiosos”, conta Kleber Vieira, diretor de procissões do Círio.

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A fé que move montanhas (de $$$)

Superlativo em números, o Círio impulsiona a economia do Pará no mês de outubro. Um levantamento feito pela diretoria da festa e pelo Dieese aponta as estimativas para 2014:

953 milhões de reais devem ser injetados nos cofres do estado

70 000 empregos temporários serão criados no período

82 000 turistas devem gastar 70 milhões de reais

3,1 milhões de reais é o valor do orçamento do evento para este ano

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