Grupo promove “banho coletivo” em frente ao Palácio dos Bandeirantes
O ato que ocorre na segunda (26) é organizado por associação de defesa do consumidor e tem mais de 100 000 pessoas confirmadas via redes sociais
Diante da falta de água nas torneiras da cidade, a Proteste, associação de defesa do consumidor, organiza uma manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, no Morumbi, na próxima segunda (26), às 10h. O evento, organizado via Facebook, conta com mais de 100 000 confirmações e pede que o público compareça munido de roupas de banho e itens de higiene, como sabonete e xampu, para protestar contra o racionamento que tem ocorrido em diversas regiões da capital.
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Segundo a entidade, o objetivo principal do ato, que contará com estrutura de carro de som, é questionar o governo a respeito da sobretaxa cobrada da população quando houver um aumento no consumo de água na residência.
De acordo com a nova resolução, a partir deste mês, o consumidor que tiver a média de consumo igual ou menor que 20% (em relação à média individual de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) terá 40% de acréscimo na conta de água. Já quem consumir acima de 20% em relação a sua média contará com ônus de 100% na conta. Para a Proteste, o governador Geraldo Alckmin não pode instituir a multa enquanto um decreto oficial de racionamento não for instituído.
A manifestação leva o nome de Banho Coletivo na Casa do Alckmin e tratará o tema de forma descontraída. “Queremos transparência do governo nas informações sobre o real estado do sistema hídrico de São Paulo e as medidas que estão sendo tomadas para minimizar os transtornos na crise”, afirmou a direção da Proteste, por meio de nota.
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Além disso, a associação cobra que os consumidores sejam avisados previamente sobre as regiões, datas, horários e por quanto tempo ficarão sem o fornecimento de água, além da divulgação de campanhas educativas de esclarecimento sobre economia de água e promoção do uso racional, evitando desperdícios.
Justiça
A Proteste obteve vitória em ação na Justiça no último dia 8 contra o governo. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) chegaram a barrar a cobrança da sobretaxa para o usuário que exceder a média de consumo enquanto o racionamento não for decretado de forma oficial. No entanto, a liminar foi derrubada em 13 de janeiro. A Associação dos Consumidores irá recorrer da decisão.