Cinco pontos da cidade que se transformaram nos últimos anos
Fotos de nova ferramenta do Google Maps apresentam curiosidades sobre São Paulo
Na quarta-feira (23), o Google Maps lançou uma nova ferramenta que permite ver imagens do street view ao longo dos anos. Em São Paulo, cenas capturadas desde 2010 se sobrepõem a outras mais recentes e permite ver como a cidade mudou em tão pouco tempo.
Na maioria dos casos, as modificações foram causadas por intervenções do governo, como na imagem acima, da esquina da Alameda Dino Bueno com Rua Helvétia, na região da Cracolândia. Em 2010, vários prédios da região eram ocupados por usuários da droga e ficaram conhecidos como “casarões do crack”. Um ano depois, o governo do Estado demoliu todas as construções do quarteirão, que deveria abrigar o Centro Cultural Luz. Nos últimos meses, este terreno voltou ao notíciário quando usuários ergueram uma favelinha no local.
Outra demolição controversa e que mudou completamente a região central, foi a do edifício São Vito, conhecido como “Treme-Treme”. Ocupada por diversas famílias, a construção foi totalmente abaixo em 2011, depois de nove meses de ações da prefeitura. A demolição chegou a ser suspensa por iniciativa do Ministério Público. Restos do edifício foram utilizados para pavimentar oito ruas da Brasilândia, Rio Pequeno e Jardim Helena.
Nem só de demolições vive a cidade. Em 2011, depois de três anos de um incessante vaivém de mais de 100 operários e investimento de 26,2 milhões de reais, o Teatro Municipal foi reinaugurado. O período em que ficou escondido dos olhos dos paulistanos também ficou registrado.
A inauguração do Metrô Faria Lima também foi registrada pelo Google Maps. Repare que o prédio ao fundo, em construção, também ficou pronto, junto da estação, em 2011.
O mesmo espanto que o Pátio Victor Malzoni causou aos que de repente se depararam com a construção de vinte andarem no Itaim Bibi pode ser revivido por essas imagens feitas em 2010 e 2013. O prédio tem os maiores andares da cidade, de até 5 000 metros quadrados, e o complexo engloba três blocos. Entre eles, a Casa Bandeirista, uma das únicas construções do século XVIII preservadas na cidade, tombada pelos órgãos de patrimônio.