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Morte de jovem gay causa mobilização na internet

Evento contra a homofobia foi marcado para sexta-feira (17), no Largo do Arouche, e já tem mais de 2 000 confirmados; polícia não descarta hipótese de suicídio

Por Luan Flavio Freires
Atualizado em 5 dez 2016, 15h19 - Publicado em 16 jan 2014, 20h48

Mais de 2 000 pessoas confirmaram presença no evento marcado em memória do jovem gay Kaique Augusto Batista dos Santos, cujo corpo foi encontrado no último fim de semana. O “Ato Por Justiça no Caso Kaique e Pela Criminalização da Homofobia e Transfobia” será realizado nesta sexta-feira (17), às 18h30, no Largo do Arouche, região central.

Kaique, de 16 anos, foi encontrado morto na madrugada do último sábado (11). Segundo o boletim de ocorrência, o menor “teria se precipitado de um viaduto aparentemente praticando suicídio”. O corpo estava na altura do número 390 da Avenida Nove de Julho, próximo ao viaduto de mesmo nome.

Lia Mara de Moraes, amiga da família há anos e mãe de santo de Kaíque, que era seguidor do candomblé, fez o reconhecimento do corpo. Segunda ela, “os órgãos genitais estavam inchados, na coxa esquerda havia um rombo feito por uma barra de ferro que já havia sido retirada, todos os dedos da mão estavam visivelmente quebrados, os olhos estavam perfurados, a cabeça estava completamente desfigurada e o corpo, muito inchado”.

O delegado responsável pelas investigações não descarta, entretanto, a possibilidade de suicídio. “Quem constata se foi suicídio ou não é o legista”, afirmou Antônio Luis Tuckumantel, titular do 3º Distrito Policial, em Campos Elíseos. O laudo do IML será divulgado em até trinta dias. Segundo o delegado, a morte foi registrada como suicídio porque essa foi a “análise a priori” dos policiais. “Estamos levando em consideração todas as possibilidades”, acrescentou. 

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Sumiço

Na noite de sexta-feira (10), Kaique foi a uma boate na região do Largo do Arouche com três amigos. Segundo o relato dos familiares, o garoto perdeu a carteira e o celular durante a festa e pediu que os amigos o ajudassem a procurar. Nesse momento, se perdeu do grupo e não mais foi visto por eles.

O desaparecimento de Kaique, que morava com amigos, foi percebido pelos familiares no sábado, quando ele faltou ao trabalho. “Ele nunca havia perdido um dia do trabalho”, cometou Clayton Batista, irmão do adolescente, que trabalhava como polidor. Clayton ainda disse que a família agendou um encontro com os amigos que estiveram com Kaique na festa, mas eles não apareceram. 

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