Três perguntas para Marcelo Serrado
Um bate-papo com o ator carioca, que está em cartaz na cidade no drama <em>Rain Man</em> e no monólogo cômico <em>Tudo É Tudo e Nada É Nada</em>
VEJA SÃO PAULO: O sucesso do personagem Crô na novela Fina Estampa o fez buscar desafios maiores no teatro?
MARCELO SERRADO: Não penso assim. Eu sempre fui um ator de teatro e procuro coisas diferentes. Se o Crô ou o Tonico Bastos, de Gabriela, foram construídos daquela forma, é porque usei minha experiência de palco. Em Rain Man, quero mostrar o que esse personagem, um autista, sente e como ele vê as coisas. Busco fugir dos estereótipos.
VEJA SÃO PAULO: A interpretação de Dustin Hoffman no cinema o influenciou?
MARCELO SERRADO: Acho que não. Há dez montagens desse texto pelo mundo e são dez atores diferentes. As pessoas nem lembram mais do filme. Quem tem 20 ou 25, então, nem sabe que existiu. Frequentei clínicas, conversei com médicos e pacientes, li muitas coisas e já tive amigos que conviviam com o autismo. Procurei o meu próprio personagem.
VEJA SÃO PAULO: Fazer um espetáculo cômico simultaneamente é uma forma de relaxar?
MARCELO SERRADO: São cinquenta minutos em que estou no palco falando bobagens, brincando com histórias verdadeiras e inventadas. Não tem compromisso. É um deleite para o público. Eu ainda estou ensaiando o filme sobre o Crô, previsto para novembro, fiz o piloto de uma série de humor para a TV e escrevi uma peça, A História dos Amantes, que vai ser montada em 2014.