Três perguntas para Irene Ravache
A atriz volta aos palcos depois de cinco anos como uma psicóloga na comédia <em>Meu Deus!</em>, que estreia na sexta (28)
A peça tem como pano de fundo religião e psicologia. Como essas questões estão presentes na sua vida? Eu fiz terapia por mais de uma década e passei por cinco profssionais. Com a última, fiquei cinco anos e recebi alta. A terapia não dá respostas exatas. Mas abre possibilidades para entender as surpresas que o mundo nos manda o tempo todo. Quantoà religião, fui criada no catolicismo, fiz comunhão e, como quase todo brasileiro, tive a curiosidade despertada por outras crenças ao longo da vida. Mas gosto da ideia de saber que há um Deus que organiza o equilíbrio do mundo.
+ Saiba mais sobre a comédia Meu Deus!
Gostaria de encontrar a figura de Deus, como acontece com sua atual personagem? No meu imaginário, Deus é um homem de barba branca. Mas não sei se gostaria de conhecê-lo. Não neste momento, pelo menos. É melhor não apressar as coisas. Sinto a presença de Deus, claro, mas não nos detalhes. Eu o percebo quando as diferenças se manifestam nas questões que envolvem a vida.
Você ficou cinco anos fora do palco. Acha que não vale mais tanto a pena fazer teatro? De jeito nenhum! Sempre vai valer a pena, mesmo se não alcançarmos um resultado óbvio de sucesso. O teatro me remoça, me tira da preguiça. Gosto muito dos ensaios, do contato com os colegas, da descoberta de cada dia. Não que TV ou cinema não proporcionem isso. No teatro, a gente experimenta, rascunha, se não fcou legal joga fora e recomeça. Acho que isso só era possível nos tempos de colégio. Na TV e no cinema, carregamos a bagagem que temos.