Três perguntas para Denise Fraga
Premiada no Festival de Brasília em 2011, a atriz surge num papel dramático em <em>Hoje</em>, já em cartaz. Na TV, volta à comédia em maio no seriado <em>3 Teresas</em>, do canal pago GNT
VEJA SÃO PAULO: Como você descreve sua enigmática personagem de Hoje?
DENISE FRAGA: A Vera é uma ex-militante política que recebeu uma pensão do estado por ter tido o marido morto na época do regime militar. O filme, porém, vai além disso. Foi o papel mais complexo que encarei, sobretudo porque a personagem tem muitas nuances. Ela ama e odeia, ou seja, possui sentimentos muito contraditórios. Mais do que outra fita sobre o período militar, é a história íntima da paixão de Vera por um homem e por um ideal.
VEJA SÃO PAULO: Por que seu parceiro é o uruguaio Cesar Troncoso e não um ator brasileiro?
DENISE FRAGA: Talvez para reafirmar que todos nós somos “hermanos”. Existe um ponto em comum nos países latino-americanos: a ditadura militar. Tivemos situações parecidas com as de nações muito próximas. A história de Hoje é situada em São Paulo, mas acho que não importa o lugar onde ela se passa.
VEJA SÃO PAULO: A TV a rotulou como uma atriz de comédia?
DENISE FRAGA: Quem faz só TV corre o risco de ficar repetitivo. Não tenho nada contra a comédia. Aliás, acredito no humor como um poderoso veículo de reflexão. Meu terreno, porém, fica entre a comédia e o drama. Já fiz personagens dramáticas, como na minissérie Queridos Amigos. Mas minha volta à TV será no seriado cômico 3 Teresas, que estreia em maio. No fim do ano, eu e Domingos Montagner seremos dirigidos por meu marido, Luiz Villaça, no longa-metragem O Lado de Cá. Assim como na vida, haverá ironia e humor.