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Guitarrista do Charlie Brown Jr. expõe esculturas em São Paulo pela primeira vez

Thiago Castanho mostra noventa bonecos em acrílico e pintura automotiva na Urban Arts

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h58 - Publicado em 24 Maio 2013, 13h53
Chorão - exposição Thiago Castanho
Chorão - exposição Thiago Castanho (Divulgação/)
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Thiago Castanho ficou conhecido por ser o guitarrista da banda Charlie Brown Jr.. O que poucos sabem é que o músico também se aventura pelas artes plásticas. Quase três meses após a morte de Chorão, que era vocalista do grupo que agora se chama “A Banca”, Castanho se prepara para a abertura de sua primeira mostra. Ele lembra emocionado que o amigo o apoiava na consolidação da marca Urban Safari, que produz bonecos em resina e pintura automotiva. Até 15 de julho, noventa de suas obras ficarão expostas na galeria Urban Arts, na Vila Madalena.

As peças medem de 10 a 45 centímetros e pesam entre 800 gramas e 50 quilos. Sessenta delas estão disponíveis para venda e custam entre R$ 400,00 e R$ 1 000,00. Castanho afirma que começou a pintar telas em acrílico em 2007. “Como a atividade não comportava o que eu queria expressar, fiz um curso de modelagem com clay (uma argila refinada), em 2010. Depois disso, consegui passar meus personagens do papel para o tridimensional.”

Apesar de investir no novo ofício, o guitarrista diz que continua a priorizar a música. Um último álbum com a participação de Chorão ainda será lançado em agosto. “Já tínhamos gravado 60% do disco antes da morte dele. Vamos finalizá-lo e depois começar outros projetos”. Confira a entrevista:

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Como surgiu seu interesse pelas artes plásticas? Comecei a pintar em 2007. Como a tela não comportava mais o que eu queria expressar, fiz um curso de modelagem com clay (uma argila refinada), em 2010. Aprendi a mexer com massa e comecei a fazer as peças. Gosto muito de carro e pedi que um amigo, conhecido por Richard Design, finalizasse o trabalho para mim.  Já fiz uma exposição em Santos, mas essa é a minha primeira em São Paulo. Muita gente começou a pedir para comprar as peças e eu decidi investir na marca. Teremos um site para venda virtual mais para a frente.

Pensa em deixar a música? Eu penso em investir nas artes plásticas e estou fazendo isso. Mas meu primeiro plano é a música. A música é a minha vida. Essa outra paixão corre paralela. Quero que a marca dê certo, porque as pessoas gostam. A ideia é fazer um souvenir que decore o ambiente. Trabalho nas cores pérola, dourado e vinho e também faço misturas. É bem bonito.

 

Como é trabalhar sem o Chorão? Toquei por 22 anos no Charlie Brown com o Chorão, que foi meu grande parceiro de composição e amigo. Realizei os maiores sonhos que poderia realizar na minha vida. Ele é padrinho da minha filha Mel, de 7 anos, e me apoiava muito com a marca. Gostava dos bonecos. Eu não imaginava que ele morreria agora. Ficamos totalmente abalados, mas recebemos muitas mensagens de apoio. Decidimos mudar o nome da banda para “A Banca”, porque não existe mesmo Charlie Brown sem o Chorão. Vamos lançar o último trabalho em agosto, que já estava sendo produzido, antes da morte dele. Ele tinha gravado 60% e os outros 40% foram feitos ao vivo. Depois disso, vamos mudar.

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