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Grace Gianoukas fala sobre nova temporada do ‘Terça Insana’

O espetáculo <em>Pílulas Insanas</em> traz novos e velhos personagens conhecidos do público, como a Irmã Selma, interpretada por Octávio Mendes

Por Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h25 - Publicado em 11 jan 2013, 19h46

São doze anos de Terça Insana e uma média de quinze personagens por edição. Então, faça as contas: já são quase 200 criações inspiradas em gente como a gente.

“Após o fim das peças, os atores costumam ir para algum restaurante e começam a contar histórias de mãe, de tia, de vó. E não se davam conta de que aquilo tudo já era um texto! Foi a partir daí que nasceu o Terça Insana”, conta Grace Gianoukas, fundadora de um dos mais reconhecidos grupos de stand-up comedy da capital.

A nova temporada intitulada Pílulas Insanas, que estreia dia 15 de janeiro e vai até o dia 26 de março, vai trazer novos e velhos personagens conhecidos do público, como é o caso de Irmã Selma, criada e interpretada por Octávio Mendes. Confira:

“A ideia é resgatar personagens que o público conhece só pelo YouTube muitas vezes e agora, que está de férias, poderá assistir ao vivo”, diz Grace.

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Aline Dorel, personagem da atriz anterior à criação do Terça Insana, estará nesta nova temporada com uma história que poucas pessoas conhecem: ela foi a responsável pela queda das Torres Gêmeas (!). “Só a Aline Dorel tem mais de cem histórias. Eu a criei na época da TV Mix, dirigido por Fernando Meirelles”, revela. “Várias editoras já me pediram um livro com as aventuras dela. Pretendo dar uma parada nas apresentações no segundo semestre para me concentrar nisso.” Para saber como Aline Dorel, que tem um caso recorrente com Lex (vulgo Lexotan), torna-se responsável pela queda do World Trade Center, só mesmo indo conferir o novo espetáculo.

Uma das personagens mais recentes de Grace é forte candidata à identificação imediata por grande parte do público: a Preguiça. Ela tem preguiça de tudo, desde afazeres mundanos, como mastigar e engolir, até de rituais que ela mesma escolheu (por falta de disposição de pensar em alternativa melhor), como casar numa igreja de corredor “compriiiiido”.

A senhora PQP também faz parte do escalão de personagens mais novos, ainda que seja “vivida”. PQP faz rir por meio de fatos históricos – de quando as mulheres não tinham direito a voto, a propriedade, a desejos. “Usamos do humor e da ironia para atestarmos a vida como ela é”, diz Grace.

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Outros três atores trazem histórias hilárias: Eliandro Ramos (a partir de fevereiro), Agnes Zuliane e Guilherme Uzeda, estes últimos, criadores de uma esquete que apresenta Romeu e Julieta juntos, na velhice (a partir do dia 29 de janeiro).

Para comemorar 30 anos de carreira, Grace prepara um espetáculo solo para o segundo semestre, cujo título será Morrer Seria Ótimo. Segundo ela, vai falar “sobre a mediocridade à tona”. “Tudo o que a gente faz no palco é um ato político”, afirma.

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