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Slow living: como é viver com o pé no freio em São Paulo

Apesar do ritmo conturbado da vida na capital, paulistanos mostram que é possível aproveitar a cidade com calma

Por Abril Branded Content
Atualizado em 6 nov 2017, 11h00 - Publicado em 6 nov 2017, 11h00
Movimento slow nasceu para se contrapor à supervalorização do ritmo frenético das metrópoles (Dingzeyu Li/Divulgação)
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Qual foi a última vez que você cozinhou uma refeição completa, calmamente? Quantas vezes caminhou pelo seu bairro nos últimos meses? As respostas para perguntas banais como essas podem dizer muito a respeito das nossas escolhas e das nossas prioridades diárias. E isso influencia diretamente a velocidade em que a nossa vida acontece. Afinal, quando é o momento de desacelerar? Propor um novo ritmo para curtir a cidade é uma das missões do #hellocidades, projeto inédito da Motorola.

“Eu vim pra São Paulo em um ritmo muito de São Paulo. Chegou um momento em que eu falei pra mim mesma: ou eu mudo completamente meu estilo de vida, ou eu não posso morar aqui”. As palavras são de Elisa Correa, jornalista, fotógrafa, mãe e preocupada em levar uma vida menos acelerada. Ela conta que passou alguns anos de sua carreira trabalhando em um ritmo frenético em algumas das principais redações da capital paulista.

Em 2006, Elisa foi para a Itália fazer um mestrado e ficou apaixonada pela maneira como algumas cidades do interior do país europeu funcionavam. “Eu morei em uma cidade pequena e fiquei fascinada pela maneira como as pessoas cuidavam das suas vidas, com um ritmo tranquilo, respeitando limites”, conta.

Elisa decidiu, então, investigar o assunto de maneira mais profunda: fez da sua dissertação um estudo de caso sobre a organização internacional Slow Food, que tem como objetivo promover uma alimentação mais saudável por meio de melhorias no processo de feitura dos alimentos, desde o produtor até o momento em que o alimento chega à mesa.

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Depois de desacelerar, Elisa pôde se reconectar com suas prioridades e com o ambiente em que vive (Elisa Correa/Divulgação)
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Quando retornou ao Brasil, ela decidiu dar uma guinada na maneira como conduzia o seu dia a dia: passou a trabalhar como fotógrafa de gastronomia e a levar uma vida menos acelerada. “Contando, parece muito mais fácil do que foi. [Mas] eu tive que me adaptar a muitas coisas e tomar algumas decisões que tiveram um impacto direto no meu cotidiano. Tive que abdicar de alguns trabalhos, não uso carro e costumo fazer tudo a pé pelo meu bairro. Eu quis construir um ritmo de vida que me respeita e respeita os meus filhos”, esclarece a fotógrafa.

O Slow Food, que hoje serve como elemento norteador para Elisa, é uma das correntes do Slow Movement. Em português, o nome é autoexplicativo: “movimento lento”. Ele começou com o ativista italiano Carlo Petrini, que protestava contra a abertura de um restaurante de fast food em Roma, em 1986 (o slow vem do contraponto ao fast, que indica uma supervalorização da rapidez e do dinamismo). Hoje, o movimento engloba diversos outros aspectos do estilo de vida, desde o design até a jardinagem.

A filosofia pode ser aplicada em qualquer momento da vida. O slow travel indica aquele tipo de turismo mais tranquilo, sem correria para conhecer um monte de atrações no mesmo dia. O slow parenting é um estilo de criação de filhos que permite que os pequenos tenham mais liberdade para descobrir e aprender em seu próprio ritmo, sem que seja preciso matriculá-los em diversos cursos e planejar muitas atividades.

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“O slow living chega para nos reconectar com nós mesmos, com as relações humanas, com os outros seres e, também, com o que consumimos”, diz o texto de apresentação do movimento no site Review Slow Living, onde qualquer pessoa pode se informar sobre sua própria maneira de ir mais devagar.

Um novo ritmo

Para Bernardo Borges, o segredo para uma vida mais calma está na nossa capacidade de viver o presente. “Nós estamos sempre rememorando o passado ou projetando o futuro. Estar no presente é algo muito mais complicado do que parece”, explica o designer, que pratica e dá aulas sobre o conceito de mindfulness, em que trabalha a capacidade de concentração das pessoas. Ele explica que, após o nascimento dos filhos — dois meninos gêmeos que completam três anos em janeiro de 2018 —, decidiu que era um momento de pisar no freio.

“Meu pai era artista plástico, trabalhava bastante de casa. Isso foi uma influência, com certeza. Após a gravidez da minha esposa, decidimos que era um momento importante da criação dos nossos filhos, então passei a trabalhar de casa”, diz. Bernardo conta que largou a carreira corporativa e não se arrepende. “É claro que, no começo, é um pouco duro, as coisas demoram a engrenar. Mas é algo que se ajeita à medida que as coisas vão acontecendo. Hoje, eu e a minha esposa temos uma rotina compartilhada para conseguir conciliar os horários e desafios”, explica.

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Como Bernardo, a programadora Clara Diegues também é adepta do mindfulness, e acredita que a prática, assim como outros estilos de meditação, transformaram o jeito como ela vê São Paulo. “Eu larguei o carro porque o trânsito me deixava louca, mas também tinha preguiça de usar o transporte público, porque estava sempre cansada. Mas quando você anda com menos pressa, cansa menos e tem mais disposição para aproveitar o tempo livre. Eu brinco que minha prioridade é ir pedalar no Ibirapuera, andar na [Avenida] Paulista no domingo, meditar. Só trabalho nos intervalos”, diz.

Quando se fala a respeito de uma vida desacelerada, é importante saber que não há regras. Há, entretanto, um ponto em comum entre as pessoas que decidiram modificar o seu cotidiano em prol de uma rotina menos corrida: uma eleição de prioridades que faz sentido de acordo com o futuro desejado. Se o objetivo é uma vida mais slow, uma boa revisão nas prioridades pode ser um começo em direção a uma rotina tranquila — um passo de cada vez.

Pisou no freio? Mostre como você encara uma vida mais slow em São Paulo usando a hashtag #hellocidades. Reconecte-se com suas metas e com o ambiente em que você vive em hellomoto.com.br.

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