Em “Rota Irlandesa”, mercenário busca pistas sobre morte do amigo
Dramático e sem qualquer suavidade, longa é a nova produção do diretor Ken Loach
Amigos inseparáveis de Liverpool, os ingleses Fergus (Mark Womack) e Frankie (John Bishop) tomaram destinos opostos. Em 2007, por insistência do colega, Frankie tornou-se mercenário no Iraque. A fim de ganhar muito dinheiro, ambos participaram da morte de inimigos. Fergus voltou à cidade natal bem de vida. Frankie, porém, não teve a mesma sorte. Foi morto em uma missão na rota irlandesa, a perigosa estrada que liga o aeroporto de Bagdá à Zona Verde, região controlada pelos americanos. Fergus, sentido-se culpado por ter levado o amigo ao inferno, quer saber detalhes da tragédia.
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Na investigação, conta apenas com fotos e mensagens em árabe em um celular. Contudo, pistas dos últimos dias de Frankie surgem em um vídeo revelador. Se comparado a À Procura de Eric, ameno filme anterior do diretor inglês Ken Loach, o drama Rota Irlandesa tem densidade rara e nenhum sinal de suavidade. Dura, a jornada de Fergus em busca da verdade mostra um protagonista no limite entre a vingança e autoaniquilamento — e a interpretação de Mark Womack só contribui para o espectador compartilhar ainda mais as dores emocionais do personagem.
AVALIAÇÃO ✪✪✪