Rael lança segundo disco com referências como samba, reggae e afrobeat
Cantor e compositor paulistano mostra faixas de <em>Ainda Bem que Eu Segui as Batidas do Meu Coração</em>, no Sesc Vila Mariana
Quando era pequeno, o paulistano Rael ouvia o pai tocar sanfona e a mãe entoar Clara Nunes dentro de casa. Não demorou muito para que ele criasse gosto pela música. Na escola, aos 11 anos, pingava de sala em sala acompanhado de três amigos para cantar Racionais MC’s, uma grande influência.
O rap virou o seu caminho. Hoje, aos 30 anos, além de integrar o grupo Pentágono, o cantor e compositor colabora com nomes relevantes do gênero, a exemplo de Emicida e Kamau, e ainda trilha uma carreira-solo na qual acrescenta outras referências às rimas, como o reggae, o afrobeat e o samba. O segundo álbum da empreitada, o ótimo Ainda Bem que Eu Segui as Batidas do Meu Coração, tem noite de lançamento no Sesc Vila Mariana.
Assinado pelos tarimbados produtores americanos Beatnick e K-Salaam, o trabalho traz a mistura de estilos de forma mais ponderada e bem-acabada em relação ao antecessor, MP3 — Música Popular do Terceiro Mundo (2010). “Produzi o primeiro disco sozinho, eu me atrevia experimentar”, diz. “Desta vez, tive auxílio e estou mais maduro.” Na estreia, ao lado de sete instrumentistas e um DJ, Rael recebe Emicida e MSário para mostrar, respectivamente, Oya e Tudo Vai Passar.