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Plantas da Mata Atlântica crescerão por 1 ano em sala de prédio da capital

Espaço no Edifício Mirante do Vale, no centro, é lar da instalação, que recebe hóspedes via AirBnb e vai promover atividades culturais

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 11 Maio 2021, 16h07 - Publicado em 11 Maio 2021, 16h04
Montagem com duas fotos mostra cadeiras com diversas plantas ao redor em sala do Edifício Mirante do Vale
Edifício Mirante do Vale, no Centro, recebe instalação com plantas da Mata Atlântica (André Gomes/ Vincent Catala/Divulgação)
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O Edifício Mirante do Vale, o mais alto da capital paulista, ganhou uma instalação repleta de verde. Uma sala no 43º andar do prédio recebe 97 espécies nativas da Mata Atlântica, parte do projeto A selva que nos escapa. As plantas crescerão livremente pelos 70 metros quadrados por cerca de um ano.

“Nosso foco era criar um contraponto com a cidade urbanizada, que foi construída sobre a Mata Atlântica”, conta Charly Andral, 35, dono do local e idealizador do Andar43, nome do espaço cultural com duas enormes janelas de vidro que dão vista para o Vale do Anhangabaú. Nos próximos meses, diversas atividades devem ser desenvolvidas por ali, como experiências gastronômicas e pedagógicas sobre a floresta. O espaço também recebe hóspedes por AirBnb, com diárias que custam 280 reais.

Imagem mostra sala com vista para o centro da cidade com plantas e cadeira no centro
Andar43: instalação ‘A selva que nos escapa’ (André Gomes @andredvco/Divulgação)

“A ideia inicial foi minha mas eu fui atrás do Reinaldo Apablaza, que é um designer chileno que trabalha com paisagismo”, conta Andral. Durante dois meses a dupla percorreu diversos viveiros na Grande São Paulo para formar a composição do cenário. “Barra Funda tem dois viveiros, Santa Cecília, fomos em alguns na Zona Sul, em Cotia [Grande SP] e em uma horta comunitária de São Miguel Paulista [Zona Leste]”, explica.

Os interessados na iniciativa podem ajudar o projeto por meio de uma vaquinha online. Cada apoio dá direito a um tipo de experiência no local, entre a adoção de mudas, visitas, workshops, e outros eventos.

Imagem mostra sala com vista para o centro da cidade com plantas e movéis de escritório ao centro, além de quadro com fotografia e manequim, e Charly Andral posicionado no meio das folhagens
Charly Andral na instalação do Andar43 (Vincent Catala/Divulgação)

Alguns dos espécimes que compõem o cenário: bromélias, pau-brasil, cambuci, pitangueiras, taioba, ora-pro-nóbis e o maracujá. “Vai ser muito interessante ver a instalação evoluir ao longo das estações do ano”, diz Andral, que investiu 15 000 reais na aquisição das plantas.

Além das mudas, o local está repleto de móveis de escritório antigos. “Todos foram achados no próprio Mirante do Vale. A gente quer reproduzir um escritório em uma brincadeira: se eles ficassem vazios por 50 anos, o que aconteceria?”, explica. Uma cama de casal dobrável e uma cozinha, com fogão elétrico, geladeira e utensílios de cozinha, foram adicionais para os interessados em passar alguns dias no local.

Imagem mostra folhagens e, atrás, vista para o Vale da Anhangabaú
Vista do Andar43 (Charly Andral/Divulgação)

O projeto exigiu a impermeabilização das paredes, para evitar a formação de mofo. A instalação ainda está em construção: novos espécimes serão adicionados ao longo dos meses. Entre os espécimes adquiridos, constam plantas que foram doadas por amigos e simpatizantes da ideia. “Queremos construir um ecossistema em torno da sala, uma rede de parceiros e amigos que compartilham essa mesma sensibilidade”, diz Charly.

Image mostra cama em meio a plantas e móveis de escritório
Cama para hóspedes no Andar43 (Divulgação/Divulgação)
Imagem mostra móveis de escritório rodeados de plantas
Móveis antigos de escritório fazem parte da decoração (Vincent Catala/Divulgação)

 

 

 

 

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