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Pinacoteca inaugura primeira individual de Beatriz González no Brasil

Retrospectiva inédita ocupa edifício Pina Luz e reúne mais de 100 trabalhos produzidos desde os anos 1960, incluindo obras importantes

Por Mattheus Goto
Atualizado em 7 set 2025, 13h18 - Publicado em 30 ago 2025, 08h00
'Los suicidas del sisga II' (1965), de Beatriz González
'Los suicidas del sisga II' (1965), de Beatriz González (Óscar Monsalve/Divulgação)
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A Pinacoteca inaugura neste sábado (30) a exposição Beatriz González: a imagem em trânsito, primeira mostra individual da artista colombiana no país. Com curadoria de Pollyana Quintella e Natalia Gutiérrez, a retrospectiva ocupa sete salas do edifício Pina Luz e reúne mais de 100 trabalhos produzidos desde os anos 1960, incluindo obras importantes como Decoración de interiores (1981) e Los suicidas del Sisga II y III (1965).

A exposição revisita os mais de 60 anos de carreira da artista, conhecida pelos trabalhos que tecem críticas à violência na Colômbia, dialogam com a iconografia política, popular e religiosa do país e reinterpretam trabalhos icônicos da arte ocidental.

Logo no início, o público encontra peças que problematizam a mídia e reprodução da imagem artística, como a cortina serigrafada Decoración de interiores (1981), em que a figura do presidente colombiano Julio César Turbay Ayala é repetida como padrão decorativo — uma ironia sobre a superficialidade do poder.

Em Los Suicidas del Sisga (1965), a artista utilizou como referência uma fotografia publicada nos jornais El Espectador e El Tiempo, que registrava o duplo suicídio de um jovem casal, em uma análise de códigos da crônica policial e da comunicação de massa.

Outro núcleo é dedicado às intervenções em mobiliários, transformados em suportes pictóricos para imagens populares e religiosas.

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Entre as reinterpretações de clássicos da pintura europeia está Sea culto, siembre árboles regale más libros (1977), uma releitura da obra Mulheres no jardim (1866-67), de Claude Monet, pintada a partir de uma reprodução desbotada.

Beatriz González (1932, Bucaramanga) questionou ideais de bom gosto, kitsch e cultura popular ao mesclar ícones religiosos, mídia de massa e pintura vernacular, sempre em confronto com a história político-social colombiana. Ficou conhecida por intervir com pintura em itens cotidianos como camas, mesas e televisores, deslocando a linguagem pictórica de seu suporte tradicional.

Sua única participação anterior no Brasil foi na 11ª Bienal de São Paulo, em 1971.

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