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“No lançamento do foguete, ele me deu a nossa aliança”

Bruno Junqueira, 33, pediu a então namorada Marianna Gianneti em casamento no lançamento da espaçonave Crew Dragon

Por Marianna Giannetti, 33 anos, em depoimento a Tatiane de Assis
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h33 - Publicado em 18 set 2020, 06h00
Marianna e Bruno no lançamento da nave Crew Dragon, em maio (NASA/Joel Kowsky/Divulgação)
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“Eu estava tremendo. Já vi tanta coisa na minha vida, mas nada se compara ao lançamento, em maio deste ano, da Crew Dragon, a espaçonave da SpaceX, empresa de Elon Musk. Estava ainda olhando para o céu, o foguete tinha acabado de sair do meu campo de visão, quando o Bruno, 33, me virou, se ajoelhou e pegou minha mão. Não me perguntou se eu queria me casar com ele, só me deu o anel e disse: ‘Você quer ir para a Lua comigo?’. Entrei em estado de êxtase. Foi surreal. Não temos fotos nem vídeo do momento com qualidade boa. Uma moça que também estava lá perguntou se a gente queria algum registro. Ficou meio tremido, mas tudo bem. Foi perfeito.

Antes disso, a viagem já estava muito louca. O Bruno precisava comprar equipamentos para a empresa dele nos Estados Unidos e eu resolvi ir junto. Na Flórida, pegamos uma tempestade de verão que inundou um monte de lugares. Quando chegamos a um shopping, estava tudo fechado, com policiais e dois helicópteros. Tinha ocorrido um tiroteio. O Bruno insistiu em entrar, então fomos na parte de trás, onde encontrei uma vendedora e perguntei: ‘Olha, nós somos do Brasil. Você pode nos ajudar? Meu marido precisa muito entrar aqui. Ele vai comprar uma coisa para a empresa dele’. Ela ficou comovida e deixou. Fui com ele, mas fiquei em outras lojinhas que estavam abertas. Na verdade, ele não ia comprar eletrônicos lá, mas as nossas alianças.

Nosso Louco Amor – Marianna e Bruno
Casal com a filha Anna (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Nossa história sempre foi um monte de acasos. A primeira vez que nos vimos foi em 2015, em um encontro sobre produção de eventos que ele promoveu para os clientes. Fui no lugar da minha mãe. Como não sou dou ramo, não entendia o que as pessoas falavam. Ele veio me cumprimentar, mas foi só isso. Teve um sorteio de um projetor e eu ganhei. O Bruno me ligou depois para avisar e não parou por aí, ficou me mandando mensagens. Marcamos o nosso primeiro jantar, quando demos o nosso primeiro beijo. Ficamos juntos um tempo, mas nos separamos. Ele estava mais apaixonado do que eu, não queria enganá-lo.

O Bruno se reaproximou de uma forma inteligente. Sabia que eu era fã do Tim Burton e que não tinha conseguido ingresso para o bate-papo com ele no MIS, junto com a exposição. Ele se ofereceu para fazer um videomapping sobre o Tim na fachada, a instituição topou e ele me ligou para ajudá-lo. Topei sem saber do que estava por trás e a gente começou a conversar de novo. Devagar, voltamos. Tivemos a Anna e ele se dividia entre Piracicaba e São Paulo.

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Nosso Louco Amor – Marianna e Bruno
Marianna e Bruno com Tim Burton, na exposição do MIS (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Agora, na pandemia, estamos todos juntos. Não é fácil ter uma relação com alguém da área da produção de eventos. Você precisa saber que vai vir em segundo plano sempre. Não é segundo plano em propósito, mas em tempo. A única coisa que eu peço é que ele guarde trinta minutos do dia para ficar dedicado à nossa família. Um fim de semana no mês também tem de ser livre. Não pretendo fazer uma cerimônia de casamento porque meus pais também trabalham com produção e vai virar uma vitrine. Quero pequenas cerimônias ao redor do mundo.

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Publicado em VEJA São Paulo de 23 de setembro de 2020, edição nº 2705.

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