Continua após publicidade

Mostra reúne diferentes vertentes de Oswaldo Goeldi

Em cartaz na Estação Pinacoteca, montagem explora os jogos de cores e sombras do artista

Por Jonas Lopes
Atualizado em 5 dez 2016, 16h49 - Publicado em 5 out 2012, 18h19

Mais importante e influente gravador da história da arte moderna brasileira, o carioca Oswaldo Goeldi (1895-1961), felizmente, não costuma ficar muito tempo fora de cartaz na cidade. O Museu de Arte Moderna, por exemplo, encerrou em agosto uma ampla retrospectiva de sua obra, intitulada Sombria Luz e composta de cerca de 200 trabalhos. Agora, a Estação Pinacoteca amealha no Gabinete de Gravura Guita e José Mindlin um conjunto de 56 peças realizadas entre 1924 e 1960, todas pertencentes ao acervo da instituição.

Filho do naturalista suíço Emílio Augusto Goeldi, ele passou alguns anos da infância em Belém. Ainda na juventude, mudou-se com a família para a Suíça, onde deu início à formação artística. Nessa época, chegou a conhecer o desenhista austríaco Alfred Kubin, a principal influência em sua carreira, com quem manteve uma frutífera correspondência durante décadas. De volta ao Brasil, em 1919, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, e ali ficou pelo resto da vida.

Os trabalhos de inflexão expressionista que fizeram a fama do artista e o tornaram respeitado na genealogia gráfica do país não ficaram de fora da nova montagem, de curadoria de Carlos Martins e organizada de maneira cronológica. Estão lá os jogos de sombras, as temáticas sociais, a visão profundamente pessimista do mundo e personagens como pescadores, ladrões, prostitutas e urubus, sempre em ruas vazias do subúrbio ou em frente a casarões abandonados.

Há, contudo, itens surpreendentes: xilogravuras nas quais ele experimentou cores fortes e intensas, pouco exibidas em mostras. Caso da quase idílica Jardineiro, do amarelo bem claro de Areia do Mar e, sobretudo, do vermelho berrante de Eclipse. Também integram a montagem ilustrações para reportagens de jornais, contos e romances. Nesses últimos, constam os desenhos criados para ilustrar, por encomenda do editor José Olympio, livros do escritor russo Fiódor Dostoiévski, com quem Goeldi guardava semelhanças estéticas.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.